Marcantonio del Carlo emociona ao mostrar “a outra Lisboa”: “Fazemos quase todos muito pouco”, lamentou.
O ator partilhou reflexão poderosa sobre desigualdade em Lisboa
Na madrugada desta quarta-feira, 8 de outubro, Marcantonio del Carlo usou as redes sociais para partilhar uma mensagem comovente sobre a realidade social de Lisboa.
Numa publicação acompanhada por uma fotografia captada na capital, o ator mostrou uma pessoa em situação de sem-abrigo, deitada com um cão ao lado, e refletiu sobre a indiferença com que a sociedade encara este problema.
“Quase meia-noite… Esta não é a Lisboa trendy, dos restaurantes da moda, dos eventos da moda. Esta moda é outra em Lisboa. É a Lisboa pela qual passamos todos os dias e fingimos que não existe.”, escreveu.
“Fazemos quase todos muito pouco”
Com o texto, o artista quis alertar para a forma como as tragédias humanas são frequentemente ignoradas no quotidiano.
“Tal como o genocídio em Gaza ou a prepotência de Putin na Ucrânia, esta também é uma tragédia que nos devia mobilizar diariamente.”, começou por afirmar.
Em seguida, fez uma autocrítica que rapidamente conquistou centenas de reações:
“Fazer-nos percorrer milhas marítimas, encher praças com manifestações para lutar por quem sofre na pele ser nada para ninguém. Reconhecer o estado da miséria. A pergunta óbvia é: mas então? Tu fazes o quê? Eu pouco, como a maior parte, faço muito pouco. E essa é que é a questão. Fazemos quase todos muito pouco.”, desabafou.
As palavras de Marcantonio del Carlo, diretas e emocionais, tornaram-se virais, somando inúmeros comentários de apoio e reflexão.
“São poucos, mas enormes”: o elogio aos jovens solidários
O ator destacou ainda um momento que presenciou durante a sua caminhada noturna pelas ruas da cidade.
“Felizmente há quem faça muito. São poucos mas enormes e não só grandes. Como um grupo de jovens por quem passei nesta minha caminhada noturna.”, escreveu.
Sem esconder a admiração, Marcantonio elogiou o gesto solidário desses jovens que, em silêncio, ajudam quem mais precisa.
“Eram jovens sem bandeiras de partidos nas mãos. Não gritavam as palavras de ordem dos seus líderes. Não estavam ali a distribuir panfletos, a fazer campanha eleitoral, mas sim a oferecer a tal sopa ‘dos pobres’ que vale muito mais do que qualquer slogan político.”, acrescentou.
Veja esta publicação AQUI.