Marcos Bastinhas e G.F.A. Monsaraz evitaram que a tarde em Reguengos de Monsaraz fosse um fracasso maior

Marcos Bastinhas e G.F.A. Monsaraz evitaram que a tarde em Reguengos de Monsaraz fosse um fracasso maior, hoje, 11 de Junho.

Reguengos: Marcos Bastinhas e G.F.A. Monsaraz evitaram que a tarde em Reguengos de Monsaraz fosse um fracasso maior

Sábado, dia 11 de Junho de 2022, pelas 18 horas da tarde, Reguengos de Monsaraz recebeu a primeira corrida da temporada. Cartel composto por Luís Rouxinol, Filipe Gonçalves e Marcos Bastinhas. Para consumar as pegas, actuaram os grupos de forcados amadores de Cascais, Monsaraz e Beja frente a touros de Fernandes de Castro e Murteira Grave, em duelo ganadeiro.

Começo por escrever que o meu regresso às corridas a Portugal em nada me abona, a falta de exigência e profissionalismo é uma coisa que leva à ignorância e ao falecimento precoce da tauromaquia portuguesa.

Para uma corrida agendada para as 18 horas, como é possível só mesmo as 18 horas se começar a preparar o areal para a corrida? A resposta fica a quem de direito.

A corrida tinha como maior aliciante o confronto entre as ganadarias Fernandes Castro e Murteira Grave, mas havia em disputa um prémio para a melhor pega.

Começámos por ver Luís Rouxinol com uma lide em tom crescente, frente a um astado de Fernandes Castro. Um touro pequeno, com 515 kg anunciados, em que o cavaleiro de Pegões foi tapando os defeitos com o decorrer da lide. O calor fez-se sentir, o que causou um cansaço muito cedo no oponente de Rouxinol. A primeira pega da tarde esteve a cargo do grupo de Cascais que consumou ao terceiro tento.

Seguidamente actuou Filipe Gonçalves, cavaleiro que andou apressado porque ainda viria a marcar presença às 22 horas em Pinhal Novo. Da lide pouca história ficou gravada, um touro complicado, com a córnea curta e atrasada e com pouca mobilidade. As cravagens foram conforme calhava, umas a seguir as outras de forma apressada e sem preparação de sortes. Pelos Amadores de Monsaraz, a pega foi consumada também à terceira tentativa.

A terceira actuação da tarde esteve a cargo do ginete Marcos Bastinhas frente ao primeiro Murteira Grave da tarde. A lide foi crescendo, começando com largas sortes à tira. No início dos curtos, após uma boa preparação da sorte, a cravagem resultou demasiado larga. A lide mudou de tom e a correção da mesma foi notória, conseguindo cravar com o touro debaixo do braço, em sortes frontais, citando de praça a praça e a poucos metros da reunião, uma grandiosa batida ao píton contrário, deixando as cravagens ao estribo e puxando o público para si. Na fase final da lide, com cite em levada, arrecadou a melhor lide da primeira parte. Pelos Amadores de Beja a pega foi consumada ao primeiro tento.

Intervalo realizado para rega do areal.

Na segunda parte do espetáculo a ordem foi trocada pelo motivo que referi acima a respeito de Filipe Gonçalves, na qual actuou o mesmo.

Mais uma lide em que a pressa foi inimiga da perfeição, mas ainda assim com alguns pormenores de qualidade. Um Murteira Grave excelente que o cavaleiro não aproveitou para obter o triunfo. Sem querer defraudar o público, cravou apressadamente a cravagem da ordem e rematou a lide com um par, corrigindo o primeiro e um ferro de palmo. Os Amadores de Cascais consumaram ao primeiro tento a pega. A volta foi autorizada ao ganadeiro pela qualidade do touro.

Já com Luís Rouxinol em praça novamente e uma temperatura mais amena, seguiu o espectáculo. Frente a mais um astado mais manso, embora não seja típico, de Murteira Grave, Rouxinol aproveitou conforme pôde com arte genuína. O oponente fugiu à linhagem típica da ganadaria e mostrou uma grande falta de nobreza, bravura e também alguma visibilidade. Rouxinol não conseguiu tapar todos os defeitos do touro e muitos que eram. Os Amadores de Monsaraz, consumaram a pega da tarde ao primeiro tento e arrecadaram o prémio em disputa.

Encerrou o espetáculo, Marcos Bastinhas, frente ao touro de Fernandes Castro, mais pequeno do confronto, ainda que anunciado com 545 kg. A brega foi a aposta nesta lide que levou Marcos a triunfar nesta calorosa tarde em Reguengos. Nas cravagens, os presentes levam na memória as bandarilhas que o cavaleiro cravou de boa maneira, destacando-se o segundo e o par de bandarilhas com que encerrou a lide. O grupo de Beja, foi infeliz está tarde e encerrou o capítulo das pegas ao quarto intento.

O prémio em disputa foi merecidamente ganho pelo Grupo de Forcados Amadores de Monsaraz, na segunda pega do grupo, frente ao touro de Murteira Grave.

O tauródromo registou meia casa de lotação preenchida.

O espetáculo foi dirigido por Domingos Jeremias, assessorado pela Médica veterinária Ana Gomes, acompanhados por Nuno Massano no cornetim.

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