NUNO está “finalmente de volta com muito para mostrar ao mundo”

NUNO está “finalmente de volta com muito para mostrar ao mundo”, citando o que nos disse em entrevista, em conjunto com mais revelações e introspectivas do seu trabalho. O cantautor português lançou recentemente o seu primeiro single internacional “GRAVITY & LOVE”, escrito e composto em conjunto com o artista internacional Jamie Lawson, apadrinhado por Ed Sheeran. 

Assim, ficámos a saber tudo sobre o seu single, uma balada pop sobre uma desilusão amorosa, sobre o seu trabalho em 2021, inspiração em Londres, e sobre muito mais. Venha descobrir um dos grandes talentos pop desta geração.

NUNO: “Vejo a minha carreira musical exatamente como uma história e considero-me um contador de histórias” 

O seu percurso está a ter uma grande profundidade e alcance internacional. Mas comecemos pelo seu nome: NUNO, em caps lock. O que quer transmitir ao público com este nome? 

A razão pela qual escolhi o nome NUNO é porque, de facto, é o meu nome próprio. Além disso, é simples e fácil de pronunciar em várias línguas. Serei sempre o Nuno Seixas, mas, como artista, o nome NUNO faz ainda mais sentido, também pelo facto de “Seixas” ser difícil de pronunciar em diferentes idiomas.

Escreveu “Gravity and Love” em Londres e já iremos falar dessa cidade. Mas primeiro quero falar do processo criativo. Já li que os seus temas são baseados em experiências de vida. Mas como passa do acontecimento real da tua vida em si, a começar a compor e escrever?

É verdade, escrevo sempre sobre histórias da minha vida ou das pessoas que me são próximas – amigos e família. Vejo a minha carreira musical exatamente como uma história e considero-me um contador de histórias. Dependendo do dia e do meu estado emocional, escrevo as letras das minhas músicas.

 “Frank Sinatra – Foi-me dado a conhecer pelo meu querido avô. As suas músicas intemporais, a voz inconfundível e o carisma marcaram-me profundamente”

Falando em cidades. Em Portugal lançou os singles de estreia ‘Slip Away’ e ‘Someday’, através da Sony Music. Mas “Gravity and Love” foi escrita em Londres. Como compara a inspiração que cada cidade lhe transmite?

Cada cidade tem a sua magia e a sua arte. Londres, sendo uma cidade tão grande e com uma vida artística intensa, traz-me sem dúvida outro tipo de inspiração e cultura, que se refletem em algumas das minhas músicas. Já Lisboa, a minha querida cidade natal, inspira-me pela sua beleza, história e pelas experiências que nela vivi.

Quais são os seus três grandes heróis da música e porquê? Aqueles ídolos que através dos seus temas o tornaram neste NUNO que está lançado na música. E porquê?

Esta é, sem dúvida, uma pergunta muito difícil e precisei de pensar bem nela, pois são artistas distintos e de géneros musicais diferentes:

    1. Frank Sinatra – Foi-me dado a conhecer pelo meu querido avô. As suas músicas intemporais, a voz inconfundível e o carisma marcaram-me profundamente. Aliás, entrei na Berklee College of Music interpretando uma das suas músicas, “Fly Me to the Moon”, numa audição final.

    2. Ed Sheeran – Sem sombra de dúvida, o artista que mais me inspira e admiro. As suas letras e melodias versáteis, tanto em baladas como em músicas uptempo, a sua voz e, acima de tudo, o seu exemplo de humildade sempre me cativaram. Sempre o vi como a minha maior referência, e foi muito graças a ele que comecei a minha jornada como cantautor aos 14 anos.

    3. John Mayer – Destaca-se para mim pela sua voz e timbre distintos, pela forma como toca guitarra e, principalmente, pelas letras e canções com as quais me identifico profundamente.

A palavra “ídolo” é muito forte para os descrever. Vejo-os mais como pessoas que admiro, não apenas pelo percurso musical, mas também pelo impacto positivo que deixaram na humanidade. Entre eles: Ed Sheeran, Michael Bublé e Stevie Wonder.

Foram artistas que moldaram o músico que sou hoje, não só pelo exemplo de persistência e trabalho, mas também pelas marcas tão positivas que deixaram no mundo enquanto seres humanos.

Como equilibras a sua vida pessoal com uma carreira musical em ascensão?

Por vezes, a rotina pode ser difícil, sobretudo devido a horários instáveis, mas tento ao máximo manter um equilíbrio entre trabalho, desporto e, claro, algum tempo para os amigos e a família.

“O NUNO de 2021 estaria orgulhoso deste percurso”

Há um NUNO de 2021 e 2025, depois dos teus dois singles e agora com este novo? E quais as diferenças entre eles? Acha que o de 2021 iria ficar orgulhoso da tua jornada?

O Nuno de 2021 foi aventureiro. Foi estudar para Berklee College Of Music onde cresci imenso musicalmente e desenvolvi ferramentas essenciais para a minha evolução como músico. Agora, passados alguns anos de estudos, propostas de contrato e muitas músicas escritas, estou finalmente de volta com muito para mostrar ao mundo. Madurei imenso, não só como pessoa, mas também como músico, e sem dúvida que o NUNO de 2021 estaria orgulhoso deste percurso.

Que conselhos dá a quem quer começar nesta indústria?

O maior conselho que posso dar é: persistência, foco e dedicação. Tornamo-nos realmente bons num ofício ou numa arte quando investimos 10.000 horas nela. Por isso, é preciso escrever, escrever, ensaiar até os dedos não conseguirem tocar mais, rasgar papel até saírem as obras e, acima de tudo, nunca desistir. O caminho pode ser difícil, mas é essencial levantarmo-nos sempre e rodearmo-nos de pessoas que acreditam no nosso potencial e nos ajudam a crescer.

Por fim, certamente que terá muitas histórias para contar destes anos na indústria. Qual foi assim o maior desafio em que já se meteu?

Uma das experiências mais caricatas que vivi como artista foi conhecer, durante uma sessão de estúdio em Londres, um cantor que eu já admirava há muito tempo. Estávamos no processo de escrita da “Gravity and Love” quando o Jamie Lawson se juntou a nós por Zoom. Ele disse me que gostava muito das minhas músicas e queria participar naquela sessão . Agradeci-lhe imenso e começamos a compor juntos.

Mais ou menos no meio da sessão, comecei a olhar ao redor e reparei em vários discos na parede com o nome “Jamie Lawson”. Foi então que fui ao Spotify e encontrei uma música chamada “Wasn’t Expecting That”, com milhões de visualizações. Assim que ouvi a primeira nota, tive um grande momento nostálgico, ouvia essa canção milhares de vezes na minha infância enquanto andava de skate. Naquele momento, caiu a ficha eu estava a compor uma música com um artista que já admirava há anos. Foi uma experiência inesquecível.

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