Wrestlefest, uma Nova Era para o Wrestling em Portugal, depois de dois atletas decidirem dar um passo em frente.
Texto e Fotografias: Nuno Tátá
Num país onde o wrestling ainda é uma modalidade pouco compreendida, estivemos à conversa com Nelson Pereira, Luís Duarte, João Ribeiro.
Dois atletas do panorama nacional decidiram dar um passo à frente e criar algo diferente. Unidos por mais de uma década de experiência, os fundadores do Wrestlefest tinham uma visão clara: “Sempre acreditámos que o produto poderia ser apresentado de forma diferente. Queríamos dar mais destaque à componente do espetáculo e apostar numa produção mais elaborada”, explicou um dos responsáveis. Não era uma questão de competir com o que já existia, mas sim de trazer algo único e cativante para o público.
A jornada, no entanto, não tem sido fácil. “O principal desafio é a falta de conhecimento do público em geral e de várias entidades sobre o que é o wrestling”, confessaram. Muitos portugueses ainda associam o wrestling a ideias pré-concebidas, formadas por transmissões antigas na televisão. “Mudar estas perceções é trabalhoso, mas é também uma oportunidade. Fazer crescer o interesse pelo wrestling em Portugal é um dos nossos maiores objetivos.”
E com esta determinação, o Wrestlefest decidiu começar o ano em grande, introduzindo os primeiros Títulos Nacionais de Equipas. “O Tag Team Wrestling é uma das formas mais populares da modalidade em todo o mundo. Tanto os fãs, como os lutadores esperavam há muito que tivesse maior destaque em Portugal”, disseram, visivelmente orgulhosos. Para os mesmos, este momento não é apenas um marco, mas um sonho tornado realidade.
“Acreditamos que trazer um combate principal com um tag team é uma forma de aumentar a visibilidade deste tipo de luta em Portugal.” Este passo simboliza uma nova fase não só para o Wrestlefest, mas para a modalidade como um todo no país.
Apesar do otimismo, os fundadores mantêm os pés no chão. “Vivemos um dia de cada vez, mas o objetivo é crescer, fazer cada vez mais eventos e por todo o país, de norte a sul e até nas ilhas.” Para isso, o trabalho em equipa com entidades locais, patrocínios e apoios será essencial. “Queremos dar à nova geração de lutadores um espaço onde possam expor as suas capacidades e, quem sabe, alcançar promoções estrangeiras de alto calibre.”
Questionados como o papel da imprensa também tem sido essencial neste crescimento, afirmam que, “A imprensa tem reagido muito positivamente ao nosso trabalho, tanto os meios clássicos como os digitais. Sem o apoio deles, seria muito mais difícil alcançar o público.” Agradeceram ainda a todos os que ajudam a divulgar o Wrestlefest, reforçando que esta colaboração é crucial para levar o wrestling ao maior número de pessoas possível.
Com determinação e paixão, o Wrestlefest está a transformar o cenário do wrestling em Portugal, abrindo portas para um futuro onde a modalidade possa finalmente conquistar o reconhecimento que merece. No início da noite deste sábado, para surpresa do público, Leo Rossi fez o seu regresso e venceu Paulo “Knockout” Cruz. O espetáculo deste sábado contou com um combate pela Chave de Corroios entre Luís Mestre, HNDRXX, Paulinho, Fausto, onde Mestre saiu vitorioso e levou consigo a chave da cidade de Corroios. O cinturão de Lisboa foi disputado por Marcos Vitória contra o atual e ainda campeão Ricky Boy. Durante a noite de sábado, o título King of Crazy foi também disputado entre Nelson Pereira, que defendeu o seu título mais uma vez, e perdeu para Cláudia Bradstone num combate extremamente disputado.
Damião e Baltazar, lutaram pelo título da Associação Portuguesa de Wrestling, tendo este voltado com Baltazar para casa. E no fim da noite, o combate mais esperado, entre a Alcateia e o Stus. Este combate, foi um combate de equipas que definiu os campeões de equipas, tornando assim os Stus os primeiros detentores destes mesmos títulos.
