Fado, emoção e aplausos: o público viveu intensamente o Caixa Alfama no Coliseu, na noite desta sexta-feira.
Fotografias: Carlos Pedroso
Uma noite de reencontros e sentimento
O Coliseu de Lisboa foi palco de uma noite especial, onde o público se tornou parte essencial da celebração do Caixa Alfama.
Entre aplausos longos, sorrisos e olhares comovidos, sentiu-se o orgulho de viver o fado em pleno — não como mero espetáculo, mas como partilha de emoções.
Mesmo após o adiamento dos concertos devido ao mau tempo, a adesão foi total. A sala encheu-se de quem não quis perder o reencontro com a música e os artistas que a dignificam.
O ambiente foi de comunhão, respeito e alegria — uma verdadeira demonstração de que o fado continua a unir gerações.
O público como extensão do palco
Durante a atuação de Alexandra, a plateia reagiu com entusiasmo às interpretações seguras e emotivas da artista. Cada tema foi recebido com atenção e carinho, num silêncio cúmplice que se transformava em aplausos sentidos.
Com Marco Rodrigues, o clima ganhou energia e descontração. Muitos acompanharam com palmas e deixaram-se contagiar pela sua “ginga”, respondendo ao convite para dar o seu “pézinho de dança”.
Os sorrisos multiplicaram-se, num momento de leveza e celebração.
Já durante a homenagem a Maria da Fé, a emoção tomou conta da sala.
O público levantou-se, aplaudiu de pé e deixou-se envolver pela força simbólica da artista.
Quando Maria da Fé encerrou o concerto com “Valeu a Pena”, era visível que, para todos os presentes, também tinha realmente valido a pena estar ali.
Um público que vive e sente o fado
Mais do que assistir, o público viveu o fado.
Entre gerações diferentes, famílias inteiras e rostos que conhecem bem estas melodias, o Coliseu transformou-se num espaço de partilha cultural e de memória coletiva.
O Caixa Alfama no Coliseu provou que o fado continua a ser uma linguagem universal — feita de emoção, respeito e identidade.
E foi, precisamente, o público quem lhe deu corpo, voz e alma nesta noite inesquecível.
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