Pedro Chagas Freitas critica vício de julgar: “Que Filhadaputice é Apontar o Dedo”, escreveu o conhecido escritor.
Escritor desafia reflexões sobre julgamento e perceção do mundo
Pedro Chagas Freitas voltou às redes sociais com uma reflexão crítica sobre a tendência humana para julgar os outros. Segundo o autor, o hábito de apontar o dedo torna-se um vício que nos impede de ver a vida de forma mais ampla.
“Que filhadaputice é ser viciado em julgar. Julgamos tudo. Somos pessoas e julgamos: eis tudo. Por todo o mundo há humanos a apontar o dedo.”
Entre críticas e contradições, tudo incomoda
O escritor exemplifica situações do dia a dia em que julgamos de forma automática, mostrando como nada escapa à nossa análise constante.
“Se está vento incomoda, se não está é incomodativo; se está sol está calor, se não está está frio; se as pessoas falam são umas chatas, se não falam umas antipáticas; se vestem bem são vaidosas, se não vestem desleixadas; se amam muito são umas vadias, se não amam umas tristes; se triunfam venderam-se, se não triunfam acomodaram-se. Nada está perfeito e tudo é passível de um estalo de cada um de nós.”
Convite à empatia e à experiência do outro
Para Pedro Chagas Freitas, a solução seria experimentar a vida através da perspectiva alheia, compreendendo melhor os comportamentos que habitualmente criticamos.
“As férias deviam ser pela pele dos outros. Um mês a viver a vida dos outros. A escolha seria estatística: cada um ficaria com a vida que mais criticava, aquela a quem mais apontou o dedo. Ao fim de um mês veríamos se as férias tinham sido aulas. Aposto que sim. Mas isso sou eu, que estou a julgar. Que merda.”
Reflexão final
O escritor reforça a ideia de que o julgamento constante limita a compreensão e a empatia, convidando os leitores a olhar para o mundo de forma menos crítica e mais aberta.