Entrevista ao maestro Nuno de Sá sobre “West End Musicals’ no Casino Estoril

Entrevista ao maestro Nuno de Sá sobre "West End Musicals' no Casino Estoril

Entrevista ao maestro Nuno de Sá sobre “West End Musicals’ no Casino Estoril, que se realiza a 7 de Dezembro, pelas 21:30.

A 7 de Dezembro, no Salão Preto e Prata do Casino Estoril, a Lisbon Film Orchestra (LFO) apresentar-se-á em formato banda para um espectáculo dedicado aos grandes temas de alguns dos maiores filmes de sempre.

A formação “orquestral” será composta por: bateria, piano, contrabaixo e guitarra e são acompanhados pelos actores e cantores: Raquel Tillo, Manuel Moreira e Joana Brito Silva, com a direção musical do maestro Nuno Sá.

Do repertório constarão temas como Winner takes it all (Mamma Mia), Empty chairs at empty tables (Os Miseráveis), All I ask of you (Fantasma da Ópera), One Jump ahead (Aladino), Nature Boy (Moulin Rouge), mas onde também figurarão os musicais do momento, como You’ll be back (Hamilton), Only Us (Dear Evan Hansen) e It only takes a taste (Waitress).

O maestro Nuno de Sá concedeu uma entrevista ao Infocul.pt, na qual aborda esta espectáculo e também os desafios que a pandemia veio colocar ao projecto.

Como está a decorrer a preparação para o concerto no Casino Estoril?

É com muito entusiasmo que estamos a preparar este concerto. Por ser em formato de banda, algo diferente daquilo que o público está habituado e por voltarmos a uma sala tão bonita como o Salão Preto e Prata. 

Quais os maiores desafios que a LFO enfrentou durante estes dois anos e como encara o facto de este ano, ao contrário dos anos pré-pandemia, não haver um grande concerto em formato orquestra?

A LFO tem  mostrado um projeto sólido nos últimos 14 anos, porque soube se adaptar constantemente às circunstâncias. E nem sempre é fácil, num projeto sem subsídios, durar tanto tempo, se todos os passos dados não forem bem projetados. Porque qualquer passo em falso poderá ser fatal numa organização auto-sustentável. O maior desafio destes dois anos foi manter a chama da criatividade acesa, não deixar de sonhar, projetar e criar projetos que fossem possíveis num cenário pandémico. Exemplo disso foram os nossos concertos on-line (Christmas is coming to town e West End Musicals com cenários virtuais em 3D).

Para o espectáculo no Casino Estoril, contará com 3 convidados. Quais os motivos que levaram à escolha dos 3 artistas?

Essencialmente procurámos atores que fossem também cantores. Como é um repertório de teatro musical a parte da representação/interpretação era essencial. A Joana Brito Silva, já tinha trabalhado connosco no musical “Sonho de uma noite de Verão”, em 2019, então foi uma escolha natural, e o Manuel Moreira e a Raquel Tillo foram convites feitos pela admiração no trabalho deles, que tive oportunidade de ver anteriormente. Estou muito feliz com grupo de atores. 

Em termos de repertório e sem desvendar tudo, o que nos pode revelar?

O Teatro Musical no geral está a crescer em Portugal e queríamos ligar a música de filmes a este género. Muitos filmes importantes foram transformados em musicais de palco e o caminho inverso também se deu. Então é a nossa homenagem, escolher músicas de filmes que foram sucesso também em palco. Por isso escolhemos alguns temas da Disney e musicais como Mamma Mia, Fantasma da Opera, Os miseráveis ou o Moulin Rouge. Outros musicais menos conhecidos, mas que são uma oportunidade maravilhosa para o público ouvir ao vivo músicas do Hamilton, Dear Evan Hansen ou Waitress. 

Este espectáculo surge no seguimento de uma experiência streaming. Como correu e qual o retorno que tiveram da parte do público?

O Feedback foi muito positivo, veio num momento particular das nossas vidas e quisemos recuperá-lo com uma versão ao vivo. Voltar a estar em contacto com o público vai ser muito bom. 

A LFO está muito associada a si. É a menina dos seus olhos?

A LFO é um projecto de dois amigos (eu e o Francisco Santiago) onde cada um de nós tem um papel preponderante. O meu na parte mais visível por parte do público e a do Francisco na dos bastidores. Mas respondendo à sua pergunta directamente, a LFO tem-me dado a oportunidade de criar, de ver materializado muitos sonhos que não seriam possíveis de realizar se não houvesse uma marca cimentada e desenvolvida nos últimos 14 anos

Sente que a LFO trouxe uma nova forma de apresentar os espectáculos com orquestra em público, retirando toda a solenidade que estava associada a estes espectáculos?

Sinto que a LFO foi pioneira em 2007 neste tipo concertos. E o engraçado foi perceber que todas as orquestras em Portugal tiveram a necessidade de também criar essas alternativas. O público manda e nós vamo-nos adaptando, pois queremos a cada ano que passa aumentar a nossa audiência, investindo cada vez mais nas condições técnicas de luz e som, repertório atualizado e evoluindo para que quem nos vê tenha sempre uma experiência única. 

Em 2022 regressam os formatos com a orquestra nas grandes salas?

Sim! Queremos muito e já estamos a trabalhar nisso. Mais não posso dizer… [risos] 

Enquanto público e consumidor de música, o que mais destaca na LBO?

A capacidade de modernizar um instrumento musical antigo, como a Orquestra sinfónica, num produto mainstream. 

Para o Casino Estoril, tendo em conta que se apresentarão em formato banda, como estão a ser os ensaios e o que poderá surpreender o público?

Os ensaios estão a decorrer muito bem, com os desafios inerentes de um projecto novo. O público pode esperar cantores de primeira linha, um repertório que muitos conhecerão, uma banda com músicos maravilhosos e um coro de quase 30 pessoas que serão parte integrante do espectáculo.

Os bilhetes podem ser comprados AQUI.

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