“Eu Acuso”: Gonçalo da Câmara Pereira pede demissão de Carlos Moedas após tragédia no Elevador da Glória, em Lisboa.
Carta aberta dirigida aos lisboetas
Na sequência da tragédia do Elevador da Glória, em Lisboa, Gonçalo da Câmara Pereira lançou uma carta aberta onde acusa diretamente Carlos Moedas de falhar na gestão da cidade. O antigo deputado municipal inicia o texto com o apelo: “Lisboetas, cidadãos de Lisboa, caros amigos”, e rapidamente assume um tom duro.
Inspirado no famoso texto de Émile Zola, escreve repetidamente: “Eu Acuso”, apontando responsabilidades ao presidente da Câmara de Lisboa por aquilo que considera serem “quatro anos de gestão falhada, assente em marketing pessoal e favoritismos”.
Moedas acusado de governar como “político-influencer”
Na carta, Gonçalo da Câmara Pereira acusa Carlos Moedas de se comportar como um “Político-Influencer de Instagram”, alegando que o autarca “simula uma falsa simpatia e empatia para com os lisboetas” e copia o estilo de Marcelo Rebelo de Sousa com uma “gestão de afetos”.
Além disso, critica aquilo que classifica como uma liderança ausente e dependente de campanhas de imagem.
Favorecimento dentro da autarquia em causa
Câmara Pereira vai mais longe e denuncia alegados casos de favoritismo dentro da Câmara de Lisboa. Nomeia António Valle e Gonçalo Reis como “beneficiários de mercês e honrarias não merecidas”.
Aponta ainda a entrada de Joana Baptista, vinda da autarquia de Oeiras, associando-a a “lavagante, champanhe e charutos pagos pelos oeirenses”.
Apelo direto à demissão de Carlos Moedas
Num dos momentos mais duros da carta, o ex-deputado municipal afirma: “Senhor Presidente Carlos Moedas, o Senhor foi uma absoluta desilusão! Demita-se e respeite os lisboetas e a memória das vítimas!”
Gonçalo da Câmara Pereira conclui pedindo um “último gesto de dignidade e empatia humana”, defendendo que o autarca deve abandonar o cargo em nome do respeito pelas vítimas da tragédia e pela cidade de Lisboa.