Reportagem: Benfica goleou o Club Brugge e garante presença nos quartos-de-final da Champions, com mais de 61 mil na Luz.
Texto: Rui Lavrador
Fotos: Diogo Nora.
Equipas Titulares
Benfica: Odysseas; Bah (Gilberto, 63), António Silva (Lucas Veríssimo, 89), Otamendi (Morato, 74), Grimaldo; Florentino, Chiquinho (Neres, 63); João Mário (João Neves, 74), Rafa, Aursnes; Gonçalo Ramos.
Brugge: Mignolet, Mata, Mechele, Sylla, Meijer, Vanaken (Rits, 74), Nielsen, Buchanan, Sowah (Nusa, 74),Noa Lang (Onyedika, 45) e Yaremchuk (Jutglá, 62)
Suplentes
Benfica: Samuel Soares, Gilberto, Lucas Veríssimo, Morato, Rafael Rodrigues, Cher Ndour, João Neves, Neres, Schjelderup, Gonçalo Guedes, Tengstedt e Musa
Brugge: Bursik, Odoi, Boyata, Onyedika, Rits, Cisse Sandra, Nusa, Jutglá e Talbi.
O Estádio da Luz recebeu, esta terça-feira, a segunda mão dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, entre o Benfica e o Brugge.
A equipa portuguesa trouxe uma vantagem de 2-0, do jogo da primeira mão, na Bélgica.
Como curiosidade, destacar o regresso, ao Estádio da Luz, de Yaremchuk, ponta-de-lança ucraniano que jogou no Benfica e agora defende as cores do Brugge. Aquando do anúncio das equipas, o seu nome foi bastante ovacionado.
O Benfica entrou bem no jogo e marcou na primeira jogada do encontro, por João Mário, mas o o golo acabou invalidade por fora de jogo, quando o público já festejava em êxtase. No início da jogada, Gonçalo Ramos estava em fora de jogo.
Respondeu bem o Brugge, na jogada seguinte com um cabeceamento ao lado da baliza de Odysseas.
Os primeiros minutos do Benfica foram de grande dinâmica ofensiva, criando constante sobressalto na defensiva belga, embora sem claras ocasiões para marcar.
Até que em mais uma boa jogada, João Mário desmarcou-se pela direita, cruzou atrasado e Florentino com tudo para marcar, atirou ao lado.
O desperdício ofensivo do Benfica continuou com João Mário, com o remate a ser cortado quase em cima da linha de golo, após assistência de Grimaldo.
O Brugge apostava muito em saídas rápidas, visto que pouco conseguia ter a bola, tal a pressão posicional que o Benfica exercia assim que perdia a bola.
Aos 38 minutos, finalmente, o Benfica adiantou-se no encontro. Saída rápida para o ataque, por Gonçalo Ramos pela esquerda, com este a cruzar para Rafa, que ajeitou e de pé direito atirou a contar.
O golo foi a pólvora para o vulcão da luz entrar em ercupção, com o Benfica a quase resolver a eliminatória, passando para um agregado de 3-0.
Aos 44, livre perigoso sobre a direita, com Grimaldo a atirar à figura de Mignolet, passando assim mais uma vez o perigo para a equipa belga.
Mas foi por pouco tempo, porque dois minutos depois, Gonçalo Ramos aumentou a vantagem na Luz, com mais uma boa jogada colectiva, Gonçalo a trabalhar bem dentro da área, indo da esquerda para o centro e atirando a contar.
Nesta jogada, Gonçalo Ramos bailou e passou por 3 jogadores, retirando-os do lance, antes de rematar com êxito.
Intervalo na Luz, com o Benfica a duplicar a vantagem que trazia da primeira mão.
A 2ª parte começou com o Benfica a entrar ao ataque, destacando-se um livre de Grimaldo, sobre a direita, que não levou perigo para Mignolet.
Uma das poucas tímidas incursões atacantes do Brugge resultou logo a seguir em mais um cabeceamento sem perigo.
Foi, assim, sem surpresa que o marcador voltou a funcionar. Aursnes, na entrada da área, desmarcou Grimaldo na esquerda, com este a cruzar para Gonçalo Ramos marcar de pé esquerdo à entrada da pequena área. 3-0 e com tendência a aumentar o resultado.
O Brugge deu um ar da sua graça, quando após saída de Odysseas a um cruzamento, com uma leve palmada, teve oportunidade para atirar a contar, mas nem assim, primeiro com remate contra um defesa encarnado e depois com remate para a bancada.
Aos 62 minutos, a Luz rendeu forte ovação a Yaremchuk quando este foi substituído por Jutglá, numa altura em que o Benfica fez dupla alteração, com as entradas de Neres e Gilberto, para as saídas de Bah e Chiquinho.
Altura para os adeptos encarnados brindarem Chiquinho com forte ovação e cântico, que tem alfinetada em Enzo Fernández, que saiu do Benfica em Janeiro…para o Chelsea.
Aos 69 minutos, Gilberto conquistou penaltie, após ser derrubado dentro da área. João Mário foi chamado a bater e não falhou. Bola para um lado, guarda-redes para o outro.
Aos 78, golo de Neres, com remate na passada pela esquerda. Primeiramente invalidado pela equipa de arbitragem, mas com reversão de decisão, após análise do VAR.
Mesmo com as substituições em ambas as equipas, o Benfica continuou a dominar e controlar a seu bel-prazer, com os belgas rendidos perante tamanha desvantagem.
O Benfica durante largos minutos trocou a bola sem grande pressão adversária.
Porém, o marcador voltou a funcionar, desta vez para o Brugge, com um grande golo de Meijer, com um remate de pé esquerdo ao ângulo, sem hipótese para Odysseas. Jogada bem desenhada pela equipa belga, o melhor que conseguiu neste encontro.
O jogo terminou com uma goleada, que demonstra bem aquilo que ocorreu no relvado da Luz.
O Benfica confirma presença nos quartos-de-final da Liga dos Campeões.
Otamendi não jogará a primeira mão dos quartos-de-final, por ter atingido o limite de cartões amarelos.
Árbitro: Halil Umut Meler (Turquia)
Árbitros Assistentes: Mustafa Eyisoy e Cevdet Komurcuoglu
4º Árbitro: Abdulkadir Bitigen
VAR: Juan Martínez Munuera
AVAR: Mete Kalvakan
Assistência: 61.018 espectadores.
Disciplina: Cartão amarelo a Yaremchuk (18), Noa Lang (20), Otamendi (29), Sylla (44), Meijer, (48).
Golos: Rafa (38), Gonçalo Ramos (45+2, 57), João Mário (71), Neres (78), Meijer (87).