Sporting matador, retoma liderança da liga ao vencer o Benfica

Sporting matador, retoma liderança da liga ao vencer o Benfica, esta noite, em Alvalade, com golo de Geny.

Texto e Fotografia: Diogo Nora

Primeira parte demolidora dos pupilos de Rui Borges, garantiu o triunfo sobre as águias, que foram manietadas pelo rei da savana. 

Alvalade vestiu-se de gala para o ultimo derbi do ano.

O tapete verde de Alvalade não fazia jus ao jogo em questão, pois antes do inicio do mesmo apresenta algumas zonas onde é perceptível a falta de relva, ou a pouca qualidade da mesma, nomeadamente, no corredor central, junto a bancada sul, e no corredor junto aos bancos.

No primeiro onze, enquanto técnico da equipa leonina, Rui Borges apostou num sistema Tático de 3x4x3, tal como se previa, e do que tinha vindo a habituar os entusiastas futebolísticos quando orientava a equipa da cidade berço. Na equipa que reside mais a sul da 2ª circular, o técnico setubalense, apostou na integração do capitão Otamendi, mesmo com toda a controvérsia das mais de 50 horas que despendeu em viagens transatlânticas, e promoveu a titularidade também Amdouni, apostando assim num desenho táctico de 4x2x3x1 

Antes do inicio da partida, a equipa do Sporting tributou uma homenagem ao seu ex jogador Luis Nani, que deixou recentemente de jogar.

Aquando da entrada das equipas, o Setor A14, onde esta situada a Juventude Leonina, foi possível ler 2 tarjas:  “Quando faltar a inspiração… Que não falte a atitude “ uma mensagem clara de apoio a Rui Borges e a equipa verde e branca. A Claque Brigada Verde exibiu duas faixas onde era possível ler “Vence por nós”.

A claque Diretivo XXI exibiu 3 tarjas, onde era possível ler “Quando faltar a inspiração… Que nao falte a atitude. Para cima deles!”

A Claque Diretivo XXI abriu as hostilidades da pirotecnia, abrindo cerca de 32 tochas, ato este que valerá mais uma elevada multa para os verde e brancos. 

Bruno Lage, com um bloco central compacto, onde não foi possível observar qualquer tipo de pressão na primeira fase de construção dos leões, decisão essa que condicionou algumas tomadas de decisão, pois foi possível observar alguns jogadores algo amorfos a pressionar, sem qualquer critério, apenas seguindo na cola do adversário. No processo ofensivo, Lage, nos minutos iniciais, priorisou a circulação, de forma a desmontar as linhas leoninas, apostando seguidamente nos passes de rotura, criando assim desequilíbrios, e situações de 1×1 nos corredores laterais, apostando na velocidade de Di Maria e “Harry Potter” . Ainda assim, falta objetividade nos passes benfiquistas

Aos 13 minutos de jogo, a claque Juventude leonina abriu cerca de 40 tochas  e 3 petardos , abriu também uma tarja com a  mensagem : “Sempre a combater” . Uma vez mais, o clube de Alvalade levará por parte do Conselho de Disciplina da FPF/Liga uma multa avultada. Ao mesmo tempo, a claque Torcida Verde, deflagrou também cerca de 10 tochas. 

Aos 16 minutos, a equipa de Alvalade teve uma grande oportunidade que opôs Quenda e Trubin, levando o guardião ucraniano a melhor sobre o jovem português.

Florentino fez um excelente passe de demarcação para o aniversariante da noite Francisco Trincão, que cruzou e o médio português do Benfica, redimiu-se e efetuou o corte. Apesar de toda a assistência pedir a marcação de pontapé de penálti, Fábio Veríssimo, gesticulou para toda a assistência e jogadores, dizendo que a bola embateu no ombro de Florentino Luis.

A equipa de Alvalade, pareceu desde o início do jogo muito mais confortável com bola, periodizando mais a lateralizarão do jogo, e nos momentos chave, os passes longos de transição, para a velocidade de Gyokeres. Foi visível ainda, na dinâmica ofensiva da equipa de Rui Borges, que quando se aproximavam do ultimo terço ofensivo, Quenda e Geny apostavam muito em movimentos interiores, causando assim, alguma desorganização a defesa encarnada. 

Aos 25 minutos, Kokcu obrigou Israel a uma defesa vistosa, na sequência de um livre ganho por Amdouni.

Aos 29 minutos, Geny Catamo, a semelhança do ultimo derribe em Alvalade, marcou novamente, desta vez, após um mau passe de Carreras, um passe do corredor esquerdo para o direito, para Bah, a bola perdeu-se para lançamento, e Quenda sem hesitar executou de forma rápida, lançando a bola para o avançado sueco, que assistiu de bandeja para Geny. De notar ainda a abordagem deficiente de Tomás Araujo ao lance, que permitiu Gyokeres ganhar a sua frente , progredindo assim para a baliza e executar um passe ao estilo de playstation, para Geny, que vinha mais atrasado, e bastou encostar para a baliza, abrindo assim o marcador de Alvalade. 

É possível observar uma tranquilidade que já não se via desde a saída de Ruben Amorim, na posse de bola leonina. 

A nível defensivo encarnado, foi possivel observar grandes espaços entre linhas, nomeadamente, quando Alvaro Carreras saia a pressionar, Otamendi, não realizava a cobertura, ficando um espaço susceptível de ser atacado, de forma a ferir a águia. 

Aos 39 minutos de jogo, a claque encarnada deflagrou dezenas de tochas e petardos, fazendo com que o clube presidido por Rui Costa  venha a pagar mais uma multa elevada pela deflagração de engenhos pirotécnicos por parte dos seus apoiantes.

Ao intervalo, apenas a equipa encarnada mexeu nas suas fileiras, tirando de jogo Florentino, para a entrada de Leandro Barreiro.

A entrada de Barreiro trouxe mais dinâmica ofensiva, que até então não se tinha verificado no jogo das águias.

Bah, após cometer uma falta no meu campo, é amarelado por Fábio Verissimo devido a protestos .

Aos 59’ Matheus Reis, vê a cartolina amarela ser exibida, devido a parar um ataque comprometedor do Benfica. Na cobrança do livre, Barreiro cabeceou por cima da trave da baliza de Franco Israel.

A equipa de Lage, entrou na segunda parte muito mais aguerrida, e aos 61’ Amdouni desperdiçou uma oportunidade de igualar a partida, e enviou a bola para a bancada. 

Os encarnados, continuam sem opções na largura do campo, muitas vezes o lateral tem a bola mais no centro do terreno, e nenhum dos seus colegas de equipa cria um movimento de rotura, ou o tão afamado “overlap” criando assim superioridade no corredor.

A equipa do sporting entrou algo intranquila na segunda parte, e fizeram com que os adeptos tivessem uma pequena taquicardia, quando Israel, recebe um atraso de Diomande, e o avançado do Benfica consegue interceptar a bola, dando canto.

De notar, que desde o momento que a nova equipa de Rui Borges passou para a frente do marcador, que começaram as sucessivas perdas de tempo, com a demora de reposição de bola em jogo, quem em lançamentos de linha lateral, quer em pontapés de baliza, ou até em dificuldades físicas dos seus jogadores. Atitude esta que nada de bom trás ao futebol nacional, fazendo assim com que a percentagem de tempo útil de jogo seja muito residual. De realçar ainda a pouca cooperação dos apanha bolas leoninos, que retardavam a reposição de bola.

Aos 71’ de jogo, Rui Borges fez uma tripla alteração, saiu de campo, Morita, Quenda e Bragança, e entraram Fresneda, João Simões e Maxi Araujo. 

A equipa de Lage a falhar quase sempre o ultimo passe, aumentando assim a percentagem de passes falhados. 

Benfica sem soluções ofensivas, sem pressão e sem fulgor, como em tempos de outrora. 

Geny Catamo, teve a oportunidade de ouro de encerrar o jogo aos 84’ de jogo, numa situação de ataque rápido de 4×2 , Geny deslumbrado com tamanha oportunidade, nada mais fez que rematar contra o defesa do Benfica, ganhando assim apenas canto a seu  favor, uma situação que requeria uma decisão de melhor nivel.

Sporting CP : F. Israel (GR) ; Geny Catamo; St. Justę; Diomande; E. Quaresma (Fresneda 71’) , Matheus Reis; Morita ( João Simões 71’); Hjulmand (c) ; Quenda (Maxi Araujo 71’) ; Trincão ( Harder 81’) ; Gyokeres

SL Benfica: Trubin (GR) ; Bah; T. Araujo; Otamendi (c) ; Carreras; Florentino (Barreiro 45’); Aursnes (Arthur Cabral 84’) ; Di Maria; Kokcu ; Akturkoglu (Beste 75’) e Amdouni (Pavlidis 75’)

Suplentes

Sporting CP: Kovacevic (gr) ; Debast; Edwards ; Harder (81’) ; Maxi Araujo (71’) ; Fresneda (71’); João Simões (71’); Mauro Couto; Arreiol

SL Benfica: Samu Soares; Antonio Silva; Arthur Cabral (84’); Pavlidis (75’) ; Barreiro (45’) ; Schjelderup; Kaboré; Rollsheiser; Beste (75’)

Árbitro: Fábio Verissimo

Árbitros Assistentes: Pedro Martins e Hugo Marques

4º Árbitro: Helder Malheiro

Observador: Nuno Cordas

VAR: Tiago Martins

AVAR: Hugo Ribeiro

Delegados: Helena Relvas e Carlos Carmo

Disciplina: Cartão amarelo a Otamendi 34’ ; Bah 57’ ; Matheus Reis 59’; Franco Israel 63’ ; Tomás Araujo 90+3′

Golo: Geny Catamo 29´ 

Resultado: 1 x 0

Lotação: 48.706

Siga-nos no Google News

Artigos Relacionados

Siga-nos nas redes sociais

31,799FãsCurtir
12,697SeguidoresSeguir
438SeguidoresSeguir
293InscritosInscrever