Tomás Rocha: “Feitos de Carne e Osso nasceu da vontade de falar sobre intimidade e desejo de forma transparente”

Tomás Rocha: “Feitos de Carne e Osso nasceu da vontade de falar sobre intimidade e desejo de forma transparente”, referiu.

Desde hoje nas plataformas digitais, “Feitos de Carne e Osso” é o single de estreia de Tomás Rocha.

Com letra e música autoria do cantor e compositor, a interpretação fica a cargo de Tomás Rocha e Carolina de Deus.

É o início do percurso musical de um jovem talentoso e sensível e, nesse sentido, entrevistámos Tomás Rocha para saber um pouco mais da canção e também do que pretende na música.

Tomás, começo por o questionar de como surgiu esta canção, ‘Feitos de Carne e Osso’? 

Tomás Rocha: Feitos de Carne e Osso nasceu da vontade de falar sobre intimidade e desejo de forma transparente. Sempre me interessou a forma como a nossa racionalidade convive com os instintos, e esta canção reflete exatamente essa dualidade. Quis explorar essa tensão entre o querer e o reprimir, entre a pele e o pensamento, sem medos e sem filtros. No fundo, é uma música sobre sermos humanos na nossa forma mais verdadeira. 

“A Carolina surgiu como a escolha natural para este dueto”

Quando pensou na Carolina de Deus para o dueto e o que considera que mais se destaca na mensagem da canção? 

A Carolina surgiu como a escolha natural para este dueto. Já conhecia o seu trabalho e sempre o admirei. O contacto foi feito pelo Vasco Teodoro, um dos meus managers, que trabalha com ela nos seus projetos individuais, e rapidamente tudo fez sentido. Senti que a canção pedia esse contraste, e a Carolina trouxe o que o tema precisava. A mensagem da canção destaca-se exatamente nessa dualidade entre o desejo e o controlo, e acho que a nossa troca de vozes traduz bem essa tensão. 

Na apresentação do tema, destaca ‘Liricamente, procurei equilibrar provocação e subtileza’. Enquanto artista, considera-se mais provocador ou subtil? 

Gosto de provocar, mas acredito que a subtileza pode tornar a provocação mais discreta e, de certa maneira, dar-lhe força. Musicalmente, acho que deixa espaço para o ouvinte interpretar e sentir à sua maneira. Tento sempre encontrar esse equilíbrio, onde o que fica por dizer pode ser tão ou mais poderoso do que o que é dito. 

Tomás Rocha: “Acho que a palavra que melhor me descreve é atento”

Este é o seu primeiro single e que à partida servirá como cartão de visita. Nesse sentido, questiono-o de quem é o Tomás, enquanto ser humano, e o que podem esperar de si enquanto artista? 

Acho que a palavra que melhor me descreve é atento. Atento aos detalhes, aos momentos e ao que penso é daí que as minhas ideias surgem. Gosto de observar as coisas como elas são e encontrar nelas algo que valha a pena transformar em música. Enquanto artista, quero que a minha música tenha espaço para crescer comigo. Não quero ficar preso a um só caminho, mas sim construir algo que me faça sentido a cada momento.

Olhando para o panorama musical português, com cada vez mais artistas, quais considera as suas maiores características que o podem diferenciar? 

Acredito que seja a minha forma de compor e de interpretar. Acho que os ouvintes têm sensibilidade ao que é verdadeiro e espero que essa seja a impressão que eu passo que o que ouvem é o que eu sou. 

Por fim, o tema aborda a vulnerabilidade humana. Questiono-o se sente que actualmente a maioria das pessoas ainda têm dificuldades em lidar e gerir as suas emoções e principalmente o lado mais vulnerável, aos olhos dos demais? 

Aprender a gerir as emoções é um trabalho de uma vida. Dar-lhes importância é relevante, mas também aumenta o trabalho que nos dão. Não diria que existe dificuldade em geri-las, mas sim em assumi-las para nós mesmos e estarmos bem com isso.

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