Arruda dos Vinhos: Triunfo de Nuno Casquinha salvou a tarde

Arruda dos Vinhos: Triunfo de Nuno Casquinha salvou a tarde, este domingo.

Arruda dos Vinhos: Triunfo de Nuno Casquinha salvou a tarde

Texto: Rui Lavrador
Fotografias: Rute Nunes e Carlos Pedroso

Integrada nas suas Festas de Santo António, realizou-se uma corrida de touros em Arruda dos Vinhos, este domingo.

Frente a touros da ganadaria de Jorge de Carvalho, actuaram os cavaleiros Ana Batista, João Moura Caetano, Ana Rita e Francisco F. Núncio, os matadores Antônio João Ferreira e Nuno Casquinha e os Forcados Amadores de Arruda dos Vinhos e Clube Taurino Alenquerense.

A primeira lide da tarde esteve a cargo de Ana Baptista, frente a um touro desinteressado e com querença em tábuas, além de distraído. Actuação muito digna da cavaleira, destacando-se os primeiros dois ferros curtos, desenhados em sortes frontais.

Pega concretizada ao primeiro intento por Rafael Brás, pelos forcados do Clube Taurino Alenquerense.

João Moura Caetano enfrentou um touro também pouco colaborador. O cavaleiro esteve belíssimo no início da lide, dobrando-se em curtos terrenos com o oponente. A actuação foi toda ela muito templada, tentando tapar os defeitos ao touro, e não eram poucos, apostando na sua versão mais artística perante um oponente que pouco tinha para oferecer. Dois bons curtos, uma brega exímia, remates impactantes e o melhor que esta tarde teve em termos de toureio equestre.

João Costa, pelos amadores de Arruda dos Vinhos, concretizou a pega ao segundo intento.

Depois actuou Ana Rita, vendo a sua lide interrompida por o touro ter-se lesionado. O touro foi recolhido e posteriormente anunciado que a Junta e a Câmara de Arruda dos Vinhos disponibilizaram a lide do touro sobrero para que todos os artistas tivessem as actuações completas.

Francisco F. Núncio teve por diante um touro extraordinário. A actuação foi esforçada, mas profundamente infeliz. Não entendeu o touro, não esteve bem no desenho das sortes, mal nas reuniões. Precisa de encontrar-se a si e à luz que lhe mostre o caminho a seguir…

Pedro Belmute, pelos amadores de Arruda dos Vinhos, concretizou a pega ao segundo intento.

António João Ferreira, que nas cortesias foi agraciado pela Junta e Câmara de Arruda dos Vinhos pelos 15 anos de alternativa, enfrentou um touro com poucas possibilidades de triunfo. Ainda assim, esteve esforçado no capote e na muleta. Valeu pelo querer, porém sem alardes de triunfo.

Nuno Casquinha teve por diante um touro de bandeira, que tudo lhe permitiu. Casquinha esteve pouco ou nada estético no capote, nas bandarilhas teve um excelente par, mas esteve mal em dois. Na muleta, viu-se a sua melhor versão, num regresso em grande às arenas. Profundidade por ambos os pitons, alguns momentos de muita estética e uma raça desmedida. Praça de pé, triunfo no bolso.

Ana Rita fechou as actuações desta tarde. Perante um touro complicado, a cavaleira criou gancho com o público, dado seu lado espevitado. Tecnicamente longe de triunfar e com alguns momentos que deve apostar em melhorar. Não existe noção de lide, não há ligação entre os vários momentos da lide, as cravagens são feitas a alta velocidade e a cilhas passadas. É o que é.

João Rocha, pelos forcados do Clube Taurino Alenquerense, concretizou a pega ao primeiro intento.

O curro da ganadaria de Jorge de Carvalho saiu bem apresentado, mas díspar de comportamento, destacando-se dois touros belíssimos, o 4º e 7º (sobrero), enquanto os restantes foram mais complicados e alguns com clara falta de força, caindo na arena. Destaque para o touro lidado por Casquinha, que permitiu volta ao touro na arena e posteriormente volta à ganadeira.

A praça registou uma lotação muito longe de esgotar.

Corrida dirigida por João Cantinho e Jorge Moreira da Silva. Nuno Massano foi o cornetim de serviço.

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