Ministro da Cultura não baixa o IVA na tauromaquia, mas “não contem comigo para censurar aquilo que são as práticas culturais e os gostos dos outros”

Ministro da Cultura não baixa o IVA na tauromaquia, mas "não contem comigo para censurar aquilo que são as práticas culturais e os gostos dos outros"

Ministro da Cultura não baixa o IVA na tauromaquia, mas “não contem comigo para censurar aquilo que são as práticas culturais e os gostos dos outros”, referiu hoje no Parlamento.

Pedro Adão e Silva estreou-se, hoje, como Ministro da Cultura na comissão de Cultura do Parlamento.

Nesta primeira sessão o sempre polémico tema da tauromaquia foi abordado. Primeiro pelo Chega, depois pelo PAN.

Pedro Adão e Silva disse que não é um aficionado, porém “temos de saber sempre respeitar a forma como os outros olham para a cultura“.

Em resposta ao deputado Rui Paulo Sousa, que questionou sobre a alteração da taxa de IVA cobrada no preço dos bilhetes para espetáculos tauromáquicos, o ministo referiu que “não há neste momento um desejo dominante de proibir as touradas” e que “também não há a ideia de que as touradas devam ser subvencionadas, ou apoiadas de alguma forma fiscal”.

Tendo em conta que este tema suscita sentimentos muito diversos, no território desde logo, acho que essa disposição não deve ser alterada”, explicou Adão e Silva.

Depois, Inês Sousa Real, do PAN, que não entra na Praça de Touros do Campo Pequeno, como lembrou – defendeu a sua conversão para que os portugueses ali possam entrar.

Pedro Adão e Silva foi implacável na resposta: “Há muitos anos que não assiste a uma tourada, mas isso não impede de ir ao Campo Pequeno ver vários espetáculos”.

Se a senhora deputada se auto limita naquilo que faz, é um direito seu, mas não queira limitar os direitos dos outros portugueses”, acrescentou.

Disse ainda que Inês Sousa Real “tem perdido muita coisa” ao não ir ver espectáculos de música ao Campo Pequeno.

Não contem comigo para censurar aquilo que são as práticas culturais e os gostos dos outros”, disse o ministro sobre as touradas.

Porém, disse que “felizmente, há espaço” para as posições do PAN e do Chega, e recordou que “depois, no meio, há os portugueses, mesmo aqueles que são a larga maioria que não vai a corrida de touros”.

Não lhes passa pela cabeça impedir os outros de ir a corrida de touros”, destacou.

Há concelhos onde as pessoas veem nisso um aspeto fundamental da sua identidade, outros onde não, portanto devemos viver com respeito e absoluta tolerância em que relação a isso”, rematou.

Não sem antes voltar a destacar a expressão “absoluta tolerância” como a sua “resposta aos proselitismos e autocensura e censura dos outros”.

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