Pouca garra e muitas penas: Benfica empata na Luz contra o Mónaco

Pouca garra e muitas penas: Benfica empata na Luz contra o Mónaco, na 2ª mão do play-off da Liga dos Campeões.

Texto: Sandro Alemão
Fotografias: João Silva

Benfica e Mónaco empatam, esta noite, no Estádio da Luz, a contar para a o play-off da Liga dos Campeões após fase regular.

O clube monegasco veio a Lisboa focado em mudar a história, visto não ter ainda vencido na Luz. Iria defrontar um Benfica motivado, vindo de 5 vitórias consecutivas, já o Mónaco apresentava apenas 2 vitórias nos seus últimos 5 jogos.

A equipa do principado a apresentar-se com uma formação em 3-4-2-1, já as águias mantiveram o 4-3-3 habitual. A equipa forasteira a fazer o trabalho de casa, protegendo as suas alas e conseguindo criar superioridade na zona central do campo.

Os adeptos benfiquistas a mostrarem o seu apoio à equipa, numa altura em que a equipa se encontra mais fragilizada com várias lesões, exibindo uma tarja com “#EU AMO O BENFICA” durante a saudação.

O Benfica entrou determinado em mostrar que queria vencer, a ameaçar a baliza do guarda-redes polaco através de Leandro Barreiros, aos 3 minutos de jogo. Logo de seguida a formação do principado, a mostrar os dentes num contra-ataque que causou dores de cabeça ao Benfica, logo anulado por fora-de-jogo.

Aos 6 minutos, a equipa monegasca com uma excelente jogada, procurando explorar as costas do meio-campo benfiquista. Após cruzamento, ao segundo poste, Diatta viu o seu remate parado por uma grande intervenção de Trubin.

Em reposta, o Benfica a conseguir movimentar com eficiência a bola e a descobrir Schjelderup que tentou servir Pavlidis, mas o avançado grego não controlar a bola nas melhores condições e permitir o desarme.

Foram precisos 22 minutos, para que Akturkoglu introduzisse a bola no fundo das redes da baliza defendida pela equipa do principado. Após uma recuperação de bola de Leandro Barreiros, acabando por sobrar para Pavlidis que trabalha sobre dois defesas e a servir o colega de equipa ao segundo poste, que apenas teve de encostar.

Passados 5 minutos, o Benfica volta a fazer perigo, desta vez através de um canto marcado por Kokçu, em que António Silva não teve cabeça para guiar a bola na melhor direção.

Pouco depois, aos 29 minutos, foi a altura de Aursners testar a atenção do guarda-redes Majecki que mostrou estar atento e a encaixar o remate do médio benfiquista.

A equipa monegasca não veio até Lisboa para brincadeiras e demonstrou-o, primeiro aos 31 minutos com um cabeceamento de Embolo a embater no poste da baliza benfiquista, logo de seguida, aos 32 minutos Takumi Minamino a finalizar e bater Trubin para igualar o marcador.

Muitas dificuldades no meio campo das águias, a incerteza e ineficiência na pressão a permitir consistentemente que os jogadores do Mónaco explorem os espaços deixados entre setores.

O Benfica, apesar das dificuldades sentidas a conseguir chegar à baliza defendida pela formação do Mónaco, após uma boa saída de Schjelderup que tira o adversário do caminho mas sem energia para produzir um remate ameaçador, contando apenas para estatística.

Os adeptos benfiquistas, numa tentativa de trazer força e inspiração à equipa vermelha e branca, puxando pela equipa com cânticos, mas sem grande efeito.

Os adeptos benfiquistas iriam para o intervalo com o coração na mão, pois aos 45+3 viram Embolo a desperdiçar uma ocasião clara de golo, após uma recuperação de bola e consequente ataque rápido levado a cabo por Maghnes Akliouche. Jogador em destaque, a ser um autêntico quebra-cabeças para os médios da equipa vermelha e branca.

Os jogadores do principado a entrarem melhor na segunda parte, criando uma boa  oportunidade pelos pés de Ben Seghir logo nos primeiros minutos.

Seria mesmo pelos pés do filho da terra que o Mónaco chegaria à vantagem na luz, após uma tabela no corredor, cruzamento atrasado que a permitir que Bem Seghir disparasse um remate indefensável.

Um Benfica em sofrimento, a conseguir variar o flanco rapidamente por duas vezes e a descobrir o jovem norueguês que acaba por rematar ao lado da baliza. Acabando por ser substuitido logo de seguida, acompanhado de Akturkoglu, entrando para os seus lugares Samuel Dahl e Amdouni.

A equipa das águias a ganhar alento e poucos minutos após pisar o relvado da Luz, Zeki Amdouni a disparar para grande defesa do guardião polaco.

O jogo a aumentar substancialmente de ritmo, com ambas as equipas a apostarem em ataques rápidos, no entanto sem grande perigo para qualquer uma das partes.

Após um forte lance individual de Amdouni, a bola a sobrar para Pavlidis que não consegue rematar, Aursners protege a bola e é tocado dentro de área. Após o pedido para o árbitro sueco rever as imagens, é dada a sentença pelo mesmo, penalti para o Benfica.

Pavlidis chamado à marca dos 11 metros e dispara para o fundo das redes, para uma explosão de alegria no Estádio da Luz. Uma máscara de oxigénio para uma equipa em claras dificuldades.

 Ao minuto 78, anunciada a lotação de 60. 776 espectadores na Luz.

O marcador manteve-se nulo durante pouquíssimo tempo, a equipa monegasca a marcar após uma subida na pressão do Benfica, Otamendi a perder o duelo com Ilenikhena que acelerou para rematar para o fundo das redes vermelhas e brancas, com Trubin a deixar a desejar na sua intervenção ao remate. Vantagem para o Mónaco aos 81 minutos e eliminatória empatada.

Sem tempo para saborear a vantagem, a equipa do principado vê novamente a bola no fundo das suas redes. Desta feita por Orkun Kokçu, após recuperação de bola de Amdouni e um cruzamento com conta, peso e medida por parte de Álvaro Carreras para o desvio do turco.

Ao minuto 86, sai Angelis Pavlidis, muito ovacionado pela massa adepta benfiquista, juntamente com Orkun Kokçu, para dar lugar a Belotti e João Rego.

Uma bela jogada individual de Samuel Dahl, batendo o seu oponente direto, caindo dentro de área. O inferno da luz encheu-se de expectativa, mas viu a mesma ser desfeita com, novamente, recurso a VAR. Que acaba por reverter a decisão do árbitro sueco.

Eliminatória disputada até ao último segundo, após canto e várias bolas em modo “chuveirinho” bombeadas para a área benfiquista nos últimos segundos do jogo.

Assim, Pouca garra e muitas penas: Benfica empata na Luz contra o Mónaco. O Benfica garante assim, a passagem à próxima eliminatória da Liga dos Campeões.

Onzes titulares:

Benfica: Trubin; Tomás Araújo, António Silva, Otamendi e Carreras; Leandro Barreiro, Kokçu (Rego, 87) e Aursnes; Akturkoglu (Amdouni, 58), Pavlidis (Belotti, 87) e Schjelderup (Dahl, 58).

Mónaco: Majecki; Diatta, Kehrer, Mawissa (Ilenikhena, 80) e Caio Henrique (Ouattara, 80); Singo, Minamino (Michal, 87) e Lamine Camara; Akliouche, Embolo (Biereth, 65) e Ben Seghir.

Suplentes:

Benfica: Samuel Soares, Leandro Santos, Bajrami, Diogo Prioste, Tiago Freitas, Nuno Félix, Dahl, Prestianni, Amdouni, Arthur Cabral, João Rego e Belotti.  

Mónaco: Köhn, Lienard, Biereth, Ouattara, Ilenikhena, Salisu, Coulibaly, Diop, Michal e Bouabre.

Golos: Akturkoglu (22), Minamino (32), Ben Seghir (52), Pavlidis (76), Ilenikhena (81), Kokçú (84).
Disciplina: Cartão amarelo a Akliouche (62), Leandro Barreiro (67), Amdouni (71).
Resultado: 3-3
Assistência: 60. 776 espectadores.

Árbitro: Glenn Nyberg
Árbitros Assistentes: Mahbod Beigi e Andreas Söderkvist
4º Árbitro: Fredrik Klitte
VAR: Rob Dieperink
AVAR: Dennis Higler

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