Touros Sommer D’Andrade desiludiram em Monforte, esta tarde, 13 de Agosto.

A Praça de Touros João Moura Pai recebeu, hoje, uma corrida de touros que tinha como alicante maior, o regresso dos touros Sommer d’Andrade.
Inicialmente divulgado um cartel rematado com Rui Salvador, Ana Batista e Francisco F. Núncio, sendo Ana Batista substituída por doença. O cavaleiro que substituiu Ana Batista, foi o recém campeão mundial em equitação de trabalho, Gilberto Filipe.
Encarregue de abrir o espetáculo, Rui Salvador, brindou ao público. Enfrentou aquilo que na gíria se chama “rolha”, não tendo muita opção para lidar o oponente. No momento da reunião o touro arreava, dificultando a vida ao cavaleiro. Rui Salvador. Porém, a sua vasta carreira deu-lhe sabedoria suficiente para este tipo de situações e deu a volta por cima. Para a primeira pega da tarde, o grupo de Alter do Chão, capitaneados por Luís Eduardo, elegeu André Martins para a cara do touro. Um toiro complicado que ao sentir o forcado se arrancava, derrotando o forcado da cara por quatro vezes. O cabo Luís Eduardo dobrou André Martins para à quinta tentativa efectiva do grupo, já a sesgo, e com ajudas carregadas, concretizar a pega.
Gilberto Filipe, cavaleiro que substituía Ana Batista, brindou a João Moura [Pai] na sua primeira prestação da tarde. Actuou perante um touro melhor que o seu antecessor, com mais opções de lide. O cavaleiro andou em bom plano, tornando o espetáculo mais interessante. Vitor Carreiras, pelos forcados de Monforte, consumou à segunda tentativa, após na primeira tentativa ter sido derrotado já junto as tábuas, sofrendo valentes derrotes.
A terceira lide da tarde ficou a cargo do cavaleiro Francisco Núncio. Cavaleiro de dinastia que entendeu cedo as dificuldades que lhe tinha pela frente. As reuniões não foram perfeitas, mas a verdade é que o seu oponente dificultava cada vez que era necessário reunir. Também cedo o touro mostrou o desinteresse na lide e procurou as tábuas para se refugiar. Ficou no areal o esforço das preparações das sortes. Filipe Ribeiro, pelos forcados de Alter, brindou à empresa Toiros com Arte. Após oito tentativas sem sucesso, Marco Gomes ordenou a saída do jogo de cabrestos para que se tentasse uma pega de cernelha. Resultou infrutífera tal situação. Seguidamente, foram dadas indicações para recolher o touro. Acto contínuo, deu-se bronca.. Actuais forcados, bem como o antigo cabo do grupo, Elias, não deixaram que a saída fosse efectuada, tendo assim arranjado desacatos com a autoridade.
O espetáculo seguiu sem intervalo.
Rui Salvador actuou frente ao segundo do seu lote e mais uma vez, em sorte, tocou-lhe um touro sem mobilidade, a arrear no momento da reunião. José Chamorro, pelos forcados de Monforte, novamente consumou a pega à segunda tentativa com uma excelente primeira ajuda aguentando até o restante grupo fechar. A autorização ao primeiro ajuda foi concedida para a merecida volta, tal como forcado de cara e cavaleiro.
Gilberto Filipe foi o cavaleiro que mais se destacou frente aos mansos de Sommer d’Andrade. Com uma segunda lide também ela em bom tom, destacando-se pela forma como conseguiu preparar as sortes. O oponente não colaborou mas também não dificultou, tendo o cavaleiro deixando no areal bonitos passes de brega, com a sua quadra de cavalos. Para terminar, a prestação do grupo de Alter, Rui Silva foi dobrado ao fim de três tentativas, por Filipe Lucas, que só conseguiu consumar a sesgo, à segunda tentativa [quinta tentativa efectiva do grupo]
Encerrou, o já longo espetáculo, o cavaleiro Francisco Núncio, que por vezes se viu em apuros. O cavaleiro foi apertado pelo oponente contra tábuas algumas vezes. Faltou emoção em termos técnicos na lide e a chegada ao público. A montada utilizada no final da lide, apresentou algum nervosismo quando arrancava para o touro, tendo ainda provocado um susto ao cavaleiro, quase deitando-o ao chão. Gonçalo Parreira, pelos Amadores de Monforte, fechou o espetáculo a pegar à segunda tentativa, tendo também uma excelente ajuda.
Estava a concurso o melhor grupo em praça que evidentemente foi ganho pelo grupo de Monforte pela prestação em praça. O júri foi composto por David Justo e João José Comenda.
O tauródromo registou ainda uma fraca afluência, registando apenas meia praça.
O espetáculo tauromáquico foi dirigido por Marco Gomes, assessorado por Ana Gomes. No cornetim marcou presença Nuno Massano.