Dias Gomes após triunfo na Nazaré: “desfrutei muitíssimo”

Dias Gomes após triunfo na Nazaré: “desfrutei muitíssimo”, assinalou o matador de touros em declarações a este site.

A Praça de touros da Nazaré recebeu, este sábado, a primeira corrida de touros da sua temporada tauromáquica 2025.

Entrevista e Foto: Nuno Almeida
Texto: André Nunes e Rui Lavrador

Nesse sentido, assinalar a lotação esgotada e um ambiente vibrante, à moda da Nazaré.

Frente a touros de David Ribeiro Telles, actuaram António Ribeiro Telles, António Telles [filho], Morante de la Puebla e Manuel Dias Gomes (a substituir Marco Pérez). As pegas ficaram a cargo dos forcados de Vila Franca.

O matador de touros Manuel Dias Gomes falou aos sites infocul.pt e tauromaquia.com.pt, após as suas lides.

Eu penso que foi uma prestação muito positiva, porque é difícil uma pessoa toureando tão pouco e chegar a um cenário tão impactante como foi esta noite, casa cheia, eu tourear ao lado de uma grande figura do toureio, mas penso que fui eu próprio e não me deixei contagiar pela pressão e pela responsabilidade que também tinha e acho que desfrutei muitíssimo, o primeiro touro foi sensacional, o segundo touro teve mais dificuldades, mas ainda assim acho que consegui tirar o partido que me permitiu“, disse.

Questionado sobre uma maior aposta no toureio a pé e em matadores portugueses, disse: “Acho que sim, porque em todos os países as grandes figuras toureiam com os toureiros locais e portanto eu acho que em Portugal se deveria cada vez mais abrir essa porta e que também os toureiros estejam disponíveis para isso. Maestro Morante, a prova é esta, não é? E de facto, noites destas são mágicas e importantíssimas para a tauromaquia“.

Têm que ser noites, tardes especiais, bem reunidas, com um cartel muito forte para que as coisas embalem e terminem como terminaram“, destacou.

Sobre o seu segredo para conseguir triunfar, mesmo toureando em poucas corridas, explicou que “tento estar à altura, acho que uma das grandes, como é que eu ia dizer? Eu sempre penso que tenho de ser positivo e eu toureio porque eu gosto, porque sinto e quando nós não toureamos muito é difícil, porque ficamos um bocado angustiados, mas tem que ser ao contrário, temos de desfrutar e esta profissão é assim, é de momentos e em 24 horas podemos estar sem chamadas para substituir um companheiro e é isso que acontece, eu vivo o dia-a-dia, treino, como se toureasse 30 corridas, 40 corridas e tento estar sempre preparado, mas acho que quando chegam estes momentos temos de fazer aquilo que sentimos e as coisas acabam por sair e confiar em nós próprios“.

Por fim, questionado sobre o impacto da partilha, sobre saúde mental, por parte de Marcos Bastinhas e que já há alguns anos tinha sido feita por Nuno Casquinha, e ainda sobre a grande pressão relativamente àquilo que são as figuras da tauromaquia, assinalou: “Sim, porque pensamos muito quando as coisas não saem, no meu caso que não toureei tanto, muitas vezes pensamos, mas será que vale a pena todo este esforço? Será que algum dia vai ser recompensado? Mas para isso também temos de nos sentir bem com nós próprios, não é? E no caso do Marcos Bastinhas penso que ele não se estava a sentir bem com ele próprio portanto eu acho que foi de homem saber parar e recuperar que é o mais importante enquanto pessoa, enquanto humano porque ser toureiro é também um artista e se a pessoa não está bem nunca vai sair à frente um artista como ele é. Por isso eu acho que foi um acto de coragem e merece todo o apoio e toda a nossa compreensão“.

Quanto às suas próximas corridas, assinalou: “De momento não tenho nada apalavrado. Estou a tentar entrar em Madrid ainda durante o verão, vamos ver se isso acontece. Espero que a noite de hoje também para Espanha conte e que isso seja mais um motivo para abrirem portas para outros toureiros portugueses“.

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