FC Porto e Benfica empatam em clássico tenso no Dragão, num jogo realizado na noite deste domingo, no Porto.
FotografiaS: Luís Santos
Um clássico cheio de intensidade
O tão aguardado FC Porto – Benfica terminou sem golos, mas não sem emoção.
Num Estádio do Dragão em ebulição, os rivais protagonizaram um jogo tenso, físico e de alta rotação, onde a luta superou o espetáculo e os golos ficaram por acontecer.
O ambiente era de festa e expectativa. As coreografias nas bancadas, os cânticos e o nervosismo pré-jogo deixaram claro que este seria um daqueles clássicos em que ninguém queria perder… mas poucos se arriscaram a ganhar.
Primeira parte de equilíbrio e pouca inspiração
O FC Porto entrou melhor, dominando a posse de bola e empurrando o Benfica para o seu meio-campo. Logo aos dois minutos, Pepê tentou servir Samu, mas António Silva cortou com autoridade.
As “águias” tentaram reagir através de uma circulação mais pausada, mas a pressão alta dos dragões — comandada por Froholdt e Gabri Veiga — não deu espaço para respirar.
O primeiro quarto de hora foi jogado em ritmo intenso, mas com muitas cautelas e poucos riscos.
Aos 18 minutos surgiu o primeiro momento de perigo, quando Gabri Veiga testou a atenção de Trubin com um remate de média distância. A partir daí, o Porto ganhou confiança e subiu de rendimento, obrigando o Benfica a recuar.
Mesmo assim, a melhor oportunidade encarnada apareceu aos 30 minutos, num lance em que Sudakov tentou surpreender, mas Diogo Costa, sempre sereno, antecipou-se e cortou fora da área.
A primeira parte terminou com o FC Porto mais perigoso, embora o marcador se mantivesse inalterado.
Segunda parte de nervos e travões
O segundo tempo começou com a mesma toada: Porto mais forte, Benfica mais cauteloso.
Aos 49 minutos, Lukebakio tentou cruzar com perigo, mas Diogo Costa respondeu com segurança.
Pouco depois, Trubin teve o seu momento, com duas defesas decisivas — primeiro a travar um cruzamento tenso de Froholdt (52’), e depois um remate forte de Gabri Veiga (56’).
O jogo seguia elétrico. O Benfica, encostado à sua área, sofria com a pressão portista. Ainda assim, conseguiu assustar os adeptos do Dragão numa bola parada: Kiwior desviou de cabeça e acertou na barra, aos 63 minutos — a melhor ocasião dos encarnados em toda a partida.
Emoção até ao apito final
Nos minutos finais, o cansaço começou a pesar. O Benfica conseguiu travar o ímpeto do FC Porto, que ainda ameaçou num remate de William Gomes (68’) e numa jogada desperdiçada por Borja Sainz (76’).
Contudo, a maior emoção da noite chegou já em tempo de compensação. Rodrigo Mora, recém-entrado, apareceu solto à entrada da área e rematou com força, acertando na barra da baliza de Trubin — um último suspiro de esperança para os dragões.
O apito final confirmou o empate a zero, num clássico de enorme entrega, muita estratégia e pouca inspiração ofensiva. Faltaram os golos, mas sobrou intensidade — e a sensação de que ambas as equipas preferiram não perder a arriscar ganhar.




