Novos dados da polémica de José Castelo Branco com Betty Grafstein, revelados no programa TVI Em Cima da Hora.
O advogado de Betty Grafstein fez declarações na TVI, onde reafirmou que a sua cliente era vítima de violência doméstica.
“Aquilo que aconteceu em abril passado foi o culminar e a gota d’água de alguém que estava, de facto, a ser vítima de violência doméstica, não pela primeira vez, não pela segunda vez, e que se cansou porque viu que a sua vida verdadeiramente estava colocada em risco”, referiu Alexandre Guerreiro.
Explicou que “existem testemunhas que podem descrever incidentes de violência doméstica que a minha cliente sofreu perante essas mesmas testemunhas. A situação é grave ao ponto de nós podermos falar de uma atividade continuada. E a partir do momento em que falamos de uma atividade continuada, no sentido de que se verificou e materializou mais do que uma vez, isso demonstra que não se tratou de um ato excecional e muito menos se tratou de uma ação negligente por parte do seu marido. Isso passou-se, sim, de mais um episódio numa vida a dois, marcada também por episódios de violência deste género.”
Na entrevista de Conceição Queiroz ao advogado de Betty Grafstein, foi revelado que a joelheira é assistente do processo por violência doméstica por vontade própria.
Também foi revelado que caso José Castelo Branco entre nos Estados Unidos, as autoridades locais estão com elementos para tratar do caso, “a Betty solicitou que haja lugar a um reforço dessas medidas de coação para que o Sr. José Castelo Branco seja impedido de sair do país, como ainda solicitamos outros elementos ao tribunal para poder apresentar às autoridades dos Estados Unidos, no sentido que, caso essas medidas de educação venham a ser violadas, para que as autoridades dos Estados Unidos possam atuar.”
“Por me ter apercebido, através de um conjunto de elementos, que a senhora Betty Grafstein era uma pessoa que estava a ser verdadeiramente explorada, não quero dizer necessariamente para o Sr. José Castelo Branco, mas por um conjunto de pessoas que faziam pressão à sua volta para poder usufruir daquilo que a Sra. Betty Grafstein pode proporcionar direto ou indiretamente a eles”, continuou.
“Que nos preocupam de forma significativa que a minha cliente não tenha acesso a contas bancárias, que nem sequer sabe que tem, que não saiba também que tem acesso a um portal das finanças e que não saiba que tem acesso a um conjunto de outras coisas que para um cidadão comum deveria saber que tem esse acesso”, considerou.
O advogado disse ainda: “Acredito e com base naquilo que eu já vi, não tenho a menor dúvida em afirmar que há aqui um conjunto de papéis que eu duvido que se a minha cliente estivesse consciente daquilo que estava a assinar, dificilmente estaria assinado.”
Foi ainda dito que José ficou com o Passaporte de Betty.
A joelheira terá conseguido regressar aos EUA com o passaporte britânico.
Alexandre Guerreiro pediu as alterações das medidas de coação porque “a ameaça não é o território. A ameaça, de acordo com a justiça, é o próprio arguido, que poderá concretizar esses atos violentos, seja em Portugal, seja em outro sítio, e agora, a dificuldade das autoridades portuguesas, naturalmente para fiscalizar o cumprimento dessas medidas de adequação dos Estados Unidos, isso já é outra discussão, mas ele está proibido e foi isso que nos fez, naturalmente, ficarmos em alarme porque havia uma probabilidade elevada de o senhor José Castelo Branco poder viajar para os Estados Unidos, até porque ele, temos a certeza que ele está em posse do seu passaporte dos Estados Unidos.”
Porém, o advogado de José disse que o passaporte não foi retido por ninguém.
“É totalmente falso essas alegações que foram feitas por várias razões. Desde logo porque é o senhor José Castelo Branco que tem o passaporte dele dos Estados Unidos e o passaporte também da senhora Betty Grafstein dos Estados Unidos. A minha cliente só conseguiu regressar aos Estados Unidos com o passaporte britânico, porque quem tem o passaporte dela dos Estados Unidos é o senhor José Castelo Branco. Os outros dois passaportes que ele tem, Portugal e de Moçambique, ficaram no hospital da CUF”, disse o advogado de Betty.
“Os outros dois passaportes que ele tem, Portugal e de Moçambique, ficaram no Hospital da CUF. A minha cliente foi impedida até de trazer esses documentos, que estavam junto com os documentos dela na altura, porque as pessoas que trabalham lá no Hospital da CUF Cascais identificaram que são documentos que pertencem ao Sr. José Castelo Branco. Portanto, só ele é que poderia fazer o levantamento daqueles documentos”, rematou Alexandre Guerreiro.