Reguengos de Monsaraz: Triunfo de Marcos Bastinhas

Reguengos de Monsaraz: Triunfo de Marcos Bastinhas, esta tarde, 11 de Junho.

Reguengos de Monsaraz: Triunfo de Marcos Bastinhas

Texto e Fotografia: Roberto Pingas Rodrigues

Este domingo, 11 de Junho, realizou-se a adiada corrida de dia 9, em Reguengos de Monsaraz. Pelas 18h00 voltou a soar o toque do cornetim na cidade alentejana.

Como habitual, o início da corrida atrasou e as entradas foram permitidas até as 18h30, impressionante, a falta de obediência a Domingos Jeremias que bem tentou que as portas se fechassem.

Cortesias feitas e palmas batidas aos artistas, deu-se início ao verdadeiro espetáculo em que actuou Filipe Gonçalves, Marcos Bastinhas e António Prates, bem como os Forcados Amadores do Ribatejo, São Manços e Monsaraz, frente a touros da ganadaria de São Martinho.

Filipe Gonçalves na primeira lide andou alegre, enfrentando um desligado touro, que exigia que lhe pisassem os terrenos de compromisso e que Filipe hesitou em pisar. Ainda assim o ginete levou a lide a bom porto, chegando ao público. Na segunda lide, o cavaleiro enfrentou um valente toque na montada contra tábuas, sem males maiores. As dificuldades em enfrentar o oponente foram notórias, tanto que no segundo ferro curto ouviu os primeiros assobios, por ter cravado o ferro descaído. Cravou bem e de forma coordenada, o primeiro, terceiro e quinto ferros curtos. Rematou com um par de bandarilhas.

Marcos Bastinhas, envergou a casa verde pistácio e conquistou com facilidade o público nos primeiros momentos da lide, ao dobrar-se com o oponente em curtas distâncias, mas tecnicamente os ferros não foram executados com a facilidade com que chegou ao público. Mas a raça do ginete fez com que metesse o oponente em terrenos de compromisso e levou a lide a bom porto. Na segunda atuação de Marcos, o touro saiu a arena com mais interesse no pessoal dentro da trincheira. Porém, de forma a conquistar a atenção do touro, o cavaleiro cravou prontamente o ferro comprido. Muito bem, Marcos. Nos curtos, o primeiro foi de louvar, de praça a praça cravando em sítio certo, deixando a cravagem ao estribo, como está escrito nos manuais. O segundo e terceiro foram menos ajustados, resultando ligeiramente largos. O quarto ferro, um palmito, com cite em levada cravado ao estribo, com o touro debaixo do braço. Rematou a lide com o par de bandarilhas a pedido do público e arrecadou um triunfo.

António Prates teve uma primeira lide irregular, começando mal, melhorando nos primeiros ferros curtos, descaindo novamente na reta final da lide. Na segunda lide, o touro permitiu mais criatividade do cavaleiro, onde já se viu mais empolgado na lide. Bonita brega ladeada na cara do touro criou o ginete, no areal de Reguengos. Na parte técnica das cravagens, resultaram maioritariamente ao estribo, arrecadando fortes aplausos do público, obtendo também um êxito na sua segunda lide, porém não absoluto, devido aos toques que sofreu na montada.

Na arte de bem pegar touros, os três grupos estiveram bem nas tentativas executados. Pelo Ribatejo, pegou Dário Silva e Rafael Costa ao primeiro intento. Por São Manços, pegou Manuel Trindade e Duarte Dias, ambos à primeira tentativa. Por Monsaraz, Mauro Carrilho foi dobrado por Hugo Baeto que consumou ao segundo intento, a mando de Ricardo Cardoso, cabo da formação que viu atentamente que na primeira tentativa o forcado saiu da cara do touro. André Mendes fechou a prestação do grupo, consumando à terceira tentativa com ajudas carregadas.

A tarde permaneceu amena no decorrer da corrida, sentindo-se apenas o levantar do vento já nos instantes finais.

O tauródromo contou com cerca de três quartos dos lugares ocupados.

Dirigiu o espetáculo Domingos Jeremias, assessorado por Carlos Santana, médico veterinário. No cornetim foi Ricardo Fernandes.

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