Vencer a virtú

Vencer a virtú. Artigo de opinião redigido por Raul Tartarotti.

Não saímos igual na passagem pela segunda vez no rio, ficamos diferentes a cada nova experiência, inclusive a cada passo no caminho divisor de águas. 

O périplo mais importante é o que fazemos para dentro de nós durante essa errância destinada que marca os caminhos e desenha as escolhas com personalidade.

Por vezes um olhar fala e conta uma verdade doída de aceitar, o abraço ensina a diluir a dor e dividir um grande sucesso. O toque na mão com sensibilidade possibilita transbordar de amor por instantes, e despertar para uma vida inteira, um laço inigualável entre seres.

O significado dos lugares muda com o tempo e eles mesmos são novas florestas arquitetadas pelo homem que decorou com seus gosto e espírito emocional, portas e janelas nesse urbanismo a céu aberto. Como a força do ser humano reside em sua capacidade de fazer perguntas, nos mantemos questionando pelo melhor que nos soar na busca do entendimento dos interesses do outro, sempre objetivando o privilégio do nós, como expressa o termo em árabe “umma”.

O poeta sírio Ali Ahmad Said Esber, cujo pseudônimo é Adonis, não quer discriminar o conjunto em detrimento ao eu, mas valorizar a criatividade, o corpo e os desejos do poeta. Você e seu irmão gêmeo podem ser parecidos, mas sonham diferente, foi o que ele disse. Adonis ambiciona criar um novo ser humano, que pense além das tradições e saiba destrinchar sua língua com destreza, porque as palavras estão imersas em um mar, e assim encostam umas, nas outras.

Como fez o diplomata Nicolau Maquiavel que sonhava unir todas as partes da Itália, pois, em sua época (1469 – 1527) havia muita discórdia e brigas entre os governos. A união com o príncipe César Bórgia o inspirou na criação do livro “O Príncipe” que se trata de uma das teorias políticas mais elaboradas pelo pensamento humano, onde Maquiavel defendia não só a união como também o trabalho conjunto como forma de tomar as melhores decisões, mesmo que às vezes um pouco duras.

Para vencer a virtú ele nos disse que os seres humanos tendem a manter a mesma conduta se essa frutifica, mas acabam perdendo o poder e a fortuna, pois não se pode saber a quem ela vai fazer bens ou males, podendo levar alguém ao poder como tirá-lo de lá. Foque na história que pode construir, ela vai passar mais tempo dentro de você e será o local de seu protagonismo, com páginas incríveis para formar um álbum com fotos e figurinhas amigas.

Nota: Artigo redigido em português do Brasil.

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