Vila Franca de Xira: Mãe chantageou a filha para abafar abusos sexuais por parte do padrasto

O Correio da Manhã noticia hoje que, em Vila Franca de Xira, “desesperada face aos avanços sexuais do padrasto, a menina, de 13 anos, denunciou-o à mãe, que desvalorizou o caso. Ainda assim, pediu à filha “um teste” para provar o que relatava. Num momento em que o marido tomava banho, mandou a menor entregar-lhe uma toalha e ficou à espreita. Viu o companheiro exibir-se nu à enteada, acariciando o órgão sexual enquanto lhe “atirava beijos”. A menina ainda se virou para a mãe, dizendo-lhe “vês, já acreditas em mim?”, mas a mulher nada fez, assumindo uma “postura persecutória e de chantagem emocional, e prometendo-lhe contrapartidas pelo seu silêncio”, citando um despacho judicial.

Assim, o casal acabou detido por “fortes indícios” de abuso sexual, cometido na casa da família.

O homem, fortemente indiciado por pelo menos nove crimes de abuso sexual de menor consumado e um crime de coação na forma tentada, tentou recentemente, junto da Relação de Lisboa, que lhe fosse revista a medida de coação, aplicada em setembro pelo Tribunal de Vila Franca de Xira. Ficou em prisão preventiva, até que houvesse condições para continuar preso em casa, com pulseira eletrónica. Alegou que, como a menor foi viver com o pai, lhe bastava a proibição de contactos e que a prisão domiciliária “faz perigar e ruir toda a sua vida financeira e familiar, deixando de poder trabalhar e prover sustento ao seu agregado familiar” – no qual se incluía uma filha de 13 anos, de uma anterior relação e que vivia com o pai, a madrasta e a vítima. A filha do suspeito está agora aos cuidados da mãe e avó. Mas os juízes consideraram a medida adequada, até porque destacam que o arguido, cuja personalidade é “marcada por uma forte pulsão para a prática de crimes contra a autodeterminação sexual”, não interiorizou “a gravidade” do caso“, acrescenta o CM.

“Entre os indícios recolhidos na investigação, como o depoimento da menor, considerado credível, estão toques sexuais durante a noite, quando a filha do arguido dormia no mesmo quarto. A menina, que acabou por pedir ajuda ao pai, relatou ainda ofertas de dinheiro (10 a 20 euros) para aceitar contactos sexuais do padrasto”, explica a notícia.

Pode ver a notícia completa AQUI.

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