Benfica-Rangers: Águias voltam a não vencer e Schmidt continua perdido, nas suas escolhas, mexendo e baralhando, mas com resultados muito aquém do esperado.
Onzes titulares:
Benfica: Trubin, Bah (Carreras, 84), António Silva, Otamendi, Aursnes; Florentino Luís, João Neves; David Neres (Tiago Gouveia, 84), Rafa Silva, Di Maria; Arthur Cabral (Marcos Leonardo, 65).
Rangers: Butland; Tavernier, Goldson, Souttar, Ridvan Yilmaz; Diomande (Raskin, 83), Lundstrom; Sterling (McKinnon, 76), Lawrence (Jack, 76), Fábio Silva (McCausland, 90); Dessers (Roofe, 76).
Suplentes:
Benfica: Samuel Soares, André Gomes, Álvaro Carreras, Morato, Kokçú, Tengstedt, João Mário, Rollheiser, Marcos Leonardo, Tomás Araújo, Tiago Gouveia e Diogo Spencer.
Rangers: McCrorie, Wright, Jack, Roofe, Davies, Barisic, King, Raskin, McCausland, Yfeko, Fraser e McKinnon.
Benfica-Rangers: Os erros habituais de Schmidt
Benfica e Rangers defrontaram-se, esta quinta-feira, no Estádio da Luz, para a primeira mão dos Oitavos de Final da Liga Europa.
O Benfica entrou sob pressão, devido às derrotas com Sporting e Porto, mas até conseguiu inicialmente atacar e aproximar-se da área escocesa.
Porém, o Rangers adiantou-se no marcador, na primeira incursão à área defensiva encarnada e marcou mesmo por Thomas Lawrense, após assistência, da esquerda, de Diomande.
Seguidamente, o Benfica reagiu e teve oportunidade soberana, primeiro por Neres, depois por Arthur Cabral, mas não conseguiu concretizar.
Contudo, o Benfica continuou a apresentar os mesmos problemas, com a equipa a partir-se constantemente, os alas a não defenderem, o duplo pivot de meio-campo a não saber quem defender e com isto a defesa a ficar muito exposta.
Ou seja, o 4x2x3x1 de Schmidt transforma-se várias vezes num 4x2x4 que facilita as equipas adversárias no momento ofensivo delas.
Com um futebol aos repelões, o Benfica beneficiou de um penalti a terminar a primeira parte, após intervenção do VAR, por mão na bola de um defesa do Rangers.
Assim, chamado a converter, Di Maria marcou com classe, atirando a bola para um lado, com o guarda-redes a atirar-se para o outro.
Seguidamente, ainda antes do intervalo, o Rangers voltou a ficar em vantagem, com um golo de Sterling, com toda a defensiva encarnada a falhar, desde Trubin aos restantes.
Assim, o Benfica foi a perder para o intervalo por 1-2 e apenas se pode culpar a si.
Benfica-Rangers: Nervosismo, assobios e a a paciência esgotada dos adeptos
Para a segunda parte, Schmidt regressou sem alterações e o Rangers continuou perigoso sempre que quis atacar.
Porém, o Benfica foi dispondo de oportunidades que não concretizou, ao mesmo tempo que os erros na sua dinâmica de jogo continuaram exactamente iguais.
Aos 65 minutos, Schmidt tirou Cabral e colocou Marcos Leonardo, ouvindo assobios dos adeptos encarnados.
Aos 69 minutos, o Benfica empatou, na sequência de um livre de Di Maria, com Goldson a marcar na própria baliza, dando alegria aos adeptos encarnados.
No seguimento da segunda parte, o Benfica conseguiu ter mais posse de bola, porém sem que isso resultasse em oportunidades clamorosas de golo.
Por sua vez, o Ranger refrescou a equipa para os últimos 15 minutos, fazendo uma tripla alteração, na sua linha ofensiva.
Além disso, Schmidt tirou Neres e Bah e colocou Tiago Gouveia e Carreras, com Aursnes a passar para lateral direito.
Por fim, o Rangers consegue um empate na Luz, levando a resolução da eliminatória para o Ibrox Stadium, que é conhecido pelo seu ambiente fortíssimo, prevendo-se uma noite complicada para o Benfica.
Até quando aguenta Schmidt?
Árbitro: Tobias Stieler
Árbitros Assistentes: Christian Gittelmann e Robert Kempter
4º Árbitro: Harm Osmers
VAR: Marco Fritz
AVAR: Soren Storks
Assistência:
Disciplina: Cartão amarelo a Sterling (26), Butland (45+1), Yilmaz (68), Bah (71),
Golos: Lawrence (7), Di Maria (45+2, GP), Sterling (45+6), Goldson (69, AG).
Texto: Rui Lavrador
Fotografias: Diogo Nora