Gisela João defende o crochet: “Tantas pessoas podiam largar o scroll do telemóvel e usar as mãos, para criar”

Gisela João defende o crochet: “Tantas pessoas podiam largar o scroll do telemóvel e usar as mãos, para criar”, referiu.

Hoje, Gisela João recorreu ao Instagram para desabafar sobre uma paixão que tem há bastante tempo.

BAI-DOSA, BAI-ROSA FUI EU QUE FIZ! O crochet. Chegou o tempo de usar as peças de crochet, os naprons estão sempre a uso o ano todo, mas como gosto de usar o algodão para fazer crochet, chegou o tempo dele. Chegou a altura do ano de me agarrar ao crochet! Crochet que salva! Sempre!“, escreveu.

Hoje vou usar esta peça que encontrei por acaso, ontem, em arrumações e pensei, “ WOW FUI EU QUE FIZ ! “. Fico a pensar nas coisas, na profundidade delas, nas camadas de histórias que elas carregam. Estava a pensar no crochet, que salva, há muito tempo, muitas pessoas que não podendo tratar a sua saúde mental, da qual tanto se fala agora, foram cuidando ponto a ponto, no faz e desfaz com as linhas e com as agulhas“, continuou Gisela João.

Crochet sim, crochet que foi o comprimido a que tantas não tinham acesso, que foi a consulta que não podiam ter. Panos que nasceram de sonhos que não podiam contar a ninguém. Quanto ajudaram as doçuras em crochet, que se vendiam para ajudar ao sustento, na renda mensal de muitos agregados. O quão empoderada se sente a pessoa, no final de um crochet, porque foi ela que fez, foram as suas mãos que foram capazes de produzir, num mundo em que cada vez mais nos dizem que não conseguimos acabar nada“, explicou ainda Gisela João.

É tão antigo rir ou gozar com o crochet, é tão falta de conhecer o mundo. Tantas pessoas podiam largar o scroll do telemóvel e usar as mãos, para criar e, ao mesmo tempo, aprender a relação consigo. O crochet é profundo, é muito profundo. Há milhares de histórias de vida em peças de crochet. Há milhares de desabafos, de vidas sufocadas nos infinitos naprons ou paninhos de cozinha, carinhosa ou dolorosamente debruados em crochet. Por isso, sim, crochet também pode mudar vidas. Viva às crocheteiras“, rematou Gisela João.

Siga-nos no Google News

Artigos Relacionados

Siga-nos nas redes sociais

31,799FãsCurtir
12,697SeguidoresSeguir
438SeguidoresSeguir
292InscritosInscrever