Luís Filipe Vieira recebido em apoteose em Barcelos, explica recandidatura ao Benfica, perante 400 apoiantes.
Após uma Assembleia Geral do Benfica marcada por turbulência, Luís Filipe Vieira marcou presença ontem em Barcelos, diante de cerca de 400 pessoas, numa sala completamente lotada.
Uma chegada calorosa e bem-humorada
Vieira começou por agradecer aos presentes com humor: “Quero agradecer profundamente esta recepção que tivemos aqui. Já estou habituado, nesta terra, ainda estou habituado a isso. E tenho ali um grande amigo Fiuso, apesar de ter 30 anos.”
O grande dilema: por que voltou?
O antigo presidente abordou a questão que todos colocam: o motivo do seu regresso. “A grande pergunta que as pessoas às vezes fazem é porquê é que eu voltei? Ou quero voltar, já nem sei o que é que quer dizer”, admitiu, misturando dúvida e determinação.
Ele reconheceu que até há poucos meses a ideia parecia impossível: “Aqui há uns meses largos, quatro, cinco, seis meses, eu não pensava numa situação destas. Nem sequer me passava pela cabeça candidatar-me a presidente do Benfica.”
Contudo, o cenário mudou ao observar o desgaste do clube, tanto desportivo como financeiro: “Depois de 20 anos de trabalho, estava-me a custar muito ver o Benfica a degradar-se. Então resolvi tentar, novamente. Nem tenho palavras para explicar… a minha família não me apoia nisto, ninguém. Mas quem deu 20 anos ao Benfica não consegue simplesmente odiar e ir embora.”
Recordações e agradecimentos
Vieira recordou ainda o estado do clube quando chegou: “Quando entrei no Benfica, senti que não havia nada. Recordo-me bem que passávamos vergonha todos os dias.”
Além disso, destacou figuras essenciais no seu percurso: “Graças a um homem primeiro, Manuel Vilarinho – foi ele que ganhou as eleições e teve a feliz ideia de convidar-me, passado seis meses. E com outro homem fantástico, o Mário Dias. Peço uma salva de palmas para ele só.”




