“Expressão”: A nova gama de Terra D’Alter apresentada no Eleven, numa reportagem de Francisco Potier Dias.
“Expressão” e é a nova gama de vinhos Terra d’ Alter, tendo a apresentação à imprensa decorrido no conceituado Eleven, em Lisboa.
Texto e Fotos: Francisco Potier Dias
Marca com origem em 2004, nas terras de Fronteira, no nosso Alentejo, foi este ano adquirida pela empresa “ÍMPAR” Vinhas & Vinhos.
Dado essa aquisição, realizou-se ontem, neste emblemático espaço lisboeta, o ELEVEN, o relançamento da marca enquanto propriedade da ÍMPAR Vinhas & Vinhos , apresentando os novos vinhos e sobretudo a nova estratégia de organização e comunicação, que como indica o responsável do grupo “procura reinventar e trazer importância e autoridade aos “Vinhos D’Alter””
Este relançamento da marca, apresenta desde logo a nova linha, o “Expressão”, um vinho que segundo a marca “procura ser um vinho todo-o-terreno, de médio preço, com lugar no grande comércio, bem como, na restauração e no comércio especifico”.
Este vinho “Expresão” que fica tremendamente marcado como “um vinho com a expressão Alentejo e todo o seu terroir, integra na perfeição o clima e a fisiologia do solo do nosso Alentejo e das castas que o integram, tendo no tinto o toque forte da casta Syrah e no branco o toque Viognier, ambas castas autóctones e que se dão de forma explendida no clima do nosso Alentejo”.
Este vinho está agora a ser lançado no mercado, procurando a gerência apresentar como “sendo a gama de entrada da marca, rondando os 6,5€ e trazendo a marca Terra d’Alter para a mesa de qualquer amante de vinhos a um preço justo perante a qualidade.”. Autóctone
A casa “Terra D’Alter” tem como enólogo principal, Peter Bright, de origem australiana, que deu inicialmente umas linhas gerais sobre os vinhos a provar hoje. Sendo enólogo residente o Eng. Frederico Rosa Santos e explorando por compra externa um total de cerca de 100ha de vinha entre Alter e Fronteira.
Relativamente à restante estrutura, muita da equipa da actual empresa, tinha já ligações à anterior entidade, apesar de aquando da aquisição não fazerem parte da equipa, mas regressaram para compor este novo projecto e sobretudo ajudar a “Renascer” a “Terras D’Alter”, procurando o crescimento sustentável alicerçado na qualidade e na essência do verdadeiro vinho.
O mercado de maior implementação é a Noruega, com o Terra D’Alter alfocheiro, bag in box Terra d’Alter Alf e Alf Rose.
Depois resta a Europa Central- Alemanha e Suíça, bem como Estados Unidos.
Iniciamos a prova com um o Expressão Rosé 2020, um vinho suave e um aroma floral com notas de violetas. Paladar Fresco, frutado e floral com final muito agradável, que acompanhou na perfeição as entradas de Bao com salmão marinado, gaspacho de polvo e cone de tártaro de peixe.
Prosseguimos a prova, degustando o Expressão Branco 2020, composto por castas Síria, Arinto e Viognier, um vinho aberto e refrescante, de aroma frutado e profundo e um paladar suave, mas, corpulento e refrescante, acompanhou uma belíssima entrada de salada de vieira com algas.
De seguida provamos o Outeiro 2015, já um dos Premium da marca, 50% syrah 50% Petit Verdot, produzindo uma verdadeira sensação de estarmos perante uma personificação material de um vinho com “terroir”.
A sua produção é em barrica americana reproduzindo Taninos abundantes, de grão fino, com paladar cremoso da fermentação em barricas, um vinho corpulento, com um aroma sedutor e poderoso, e um palato muito apurado, tendo a casta Syrah a inundar o paladar de forma tremendamente confortável, a revelar linhas de baunilha, necessitando de decanter, boa acidez, estrutura e grande complexidade, a conjugar-se de forma perfeita com o prato de Bacalhau Fumado com agrião.
Prosseguimos para o ex-libris da marca o Sete Linhas 2014, o topo da gama da casa, um vinho com 95% de Alicante Bouschet, sendo composto precisamente por sete linhas diferentes da sua casta maioritária, provenientes de vinhas com mais de 25 anos, factores que lhe fornecem um “terroir”. Um vinho bastante diferenciado, opulento e com aromas de frutas recorrentes, estrutura complexa. Acompanhou na perfeição o prato de porco preto com trufa.
Por último experimentamos o Expressão tinto 2020, talvez o vinho menos equilibrado e “redondo” da noite, sabor interessante, mas demasiado carregado e com pouca nobreza face aos restantes, secava na boca e deixava uma impressão menos superior aos restantes, ainda assim de nota positiva e a enquadrar na perfeição com a sobremesa, panacota de frutos vermelhos.
No geral, todos os vinhos têm um parâmetro de qualidade acima da média e a conjunção feita pelo Chefe Joachim Koerper, foi de uma magnitude divinal.
Dar nota que, qualquer dos vinhos da marca “Terra d’Alter” estão à venda nas grandes superfícies, em especial no Pingo Doce, bem como, nas casas de referência.