Noble: “A música salva-me todos os dias”

Noble: "A música salva-me todos os dias"

Noble: “A música salva-me todos os dias”, disse o artista em entrevista ao Infocul.pt.

“Secrets” é o mais recente disco de Noble, uma das mais extraordinárias vozes da actual cena musical portuguesa.

Um disco que nasceu de um desafio lançado pelo artista em conjunto com a rádio RFM, como uma forma de descobrir novas vozes e dar-lhes uma oportunidade de se lançarem no mundo da música pela mão de ambos. 

E a essa primeiro desafio, há ainda a acrescentar a vontade de NOBLE em criar um disco onde pudesse agradecer a todos os que de forma pessoal ou profissional o têm ajudado no seu percurso até ao momento.

Um trabalho discográfico que conta com 10 temas originais, 5 deles em dueto com as vencedoras do #RFMNobleDuetos: Andrea VergelBea MoreiraEma Monteiro, Maria Fernandes e Sónia Ribeiro (Nii). 

O artista concedeu uma entrevista ao Infocul, na qual aborda este novo trabalho discográfico, bem como outros aspectos do seu percurso pessoal e profissional. 

Noble, que desafio foi este de dar a conhecer novos talentos?

Este desafio que criamos com a RFM surgiu da vontade de dar oportunidade a novos talentos nacionais de se mostrarem ao público, proporcionar-lhes a hipótese de viver experiências que até então não tinham conseguido na música. E tem sido muito giro ver tudo o que está a acontecer em torno desta ideia!

Num disco, ter cinco temas em dueto com pessoas que ninguém conhece é sinónimo de altruísmo ou risco?

Não gosto muito de dizer que é altruísmo, tudo isto surgiu de uma vontade genuína que tínhamos de ajudar novos artistas a emergir num mercado que muitas vezes pode ser devastador para quem sonha. Quanto ao risco: não vejo as coisas dessa forma, a música é uma forma de expressão muito pessoal, cada uma destas vozes acrescentou algo muito bom ao meu trabalho e eu já contava que isso acontecesse. Foi uma experiência muito rica para todos os envolvidos.

Não falharei se disser que neste momento é das melhores vozes nacionais. Prova disso é muitos dos temas serem associados a artistas estrangeiros, até saberem a sua identidade. Isto é uma grande responsabilidade?

Muito obrigado! Eu acho que isso me põe um certo peso em cima dos ombros, não por considerar que sou um artista ao nível dos artistas a que me comparam, mas sim no sentido de querer mostrar às pessoas que em Portugal o que se faz é muito bom e que temos muito para mostrar ao mundo. As coisas boas não vêm só do estrangeiro.

Quem é este jovem que surge rompante na música portuguesa e conquista milhares de fãs?

Não há muito para dizer! Não tenho muito jeito para falar sobre mim mesmo. Sou o Pedro Fidalgo. Nasci em Amarante há 25 anos e o meu sonho é levar a minha música às pessoas. Felizmente tenho a sorte de conseguir fazer o que gosto e isso faz-me muito feliz!

Foi sempre isto que quis para a sua vida?

Nem sempre, quando era mais pequeno queria estudar engenharia para trabalhar com o meu pai, mas isso mudou assim que comecei a tocar guitarra, nunca mais me imaginei a fazer outra coisa para além da música.

Tenho muita curiosidade em perceber como é o seu percurso criativo. Como nascem os temas? Começa pela melodia ou pela letra?

O meu processo criativo é muito solitário, normalmente começo as músicas na guitarra ou ao piano. Muitas das vezes pego no instrumento que estiver mais perto para tentar reproduzir uma ideia que tenha surgido, pode ser uma melodia ou uma letra. Às vezes o processo é rápido e flui tudo muito bem, noutros momentos passo semanas em volta de uma canção. Não existe uma ciência exata, mas tento sempre que seja um processo natural. Não gosto de forçar um momento criativo.

Sobre a escrita, sente-se mais confortável a expor emoções em inglês nas suas canções, por algum motivo?

Sim. Gosto de compor em inglês porque, não sendo a minha língua nativa, dá-me uma falsa sensação de escudo protetor. E para além disso escrever em inglês põe-me mais perto do sonho de internacionalizar a minha música!

Fico com a ideia que a sua voz ganha, e valoriza-se, quando os temas são apresentados num formato acústico. Sente-se mais confortável em acústico ou depende sempre muito de cada tema e do que ele pede?

Depende muito dos temas e dos sítios onde são apresentados, mas entendo essa ideia. Acho que isso acontece também porque grande parte das músicas que componho São feitas só ao piano ou na guitarra, por isso é que resultam bem nesse formato!

Curiosamente, nasceu na mesma terra da minha avó. O que tem Pedro Fidalgo, actualmente, do menino que nasceu em Amarante?

Tudo. Gosto de acreditar que não mudei. Amarante é onde tenho as minhas raízes e as pessoas mais importantes da minha vida. Sinto-me inspirado pela cidade. E isso tem muito peso na minha parte criativa!

A ideia de trabalhar na construção civil já desapareceu?

Sim, há muito! A música fala muito alto.

É um cantor de emoções. Questiono se enquanto homem lida bem com as emoções, ou prefere transmiti-las através da música?

Como disse antes, não tenho muito jeito para falar de mim mesmo, mas acredito que não lido mal com as emoções, não tenho tendência a reprimir nada. Mas, como é óbvio, a música ajuda muito também. Acaba por funcionar como um catalisador… uma terapia!

Voltando ao disco, como define este disco em termos de género musical?

Não é fácil definir um género para a música, mas, existindo a necessidade de o fazer, podemos encaixar o meu novo álbum no Pop-Rock!

Recentemente, um amigo meu dizia-me que a sua música tem poderes curativos para a alma. A música também o salva a si?

Todos os dias.

Em termos de espectáculos, para apresentação do disco, o que pode já desvendar?

Estamos a preparar muitas coisas para este ano felizmente! Para já posso dizer que no dia 5 de Março vou estar no Festival Sons de Vez em Arcos de Valdevez para a celebrar dos 20 anos do festival! O resto, será anunciado em breve nas minhas redes sociais!

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