Jorge Martínez não foi pioneiro na pirotecnia nas actuações ao vivo em Portugal

Jorge Martínez não foi pioneiro na pirotecnia nas actuações ao vivo em Portugal, ao contrário do que afirma.

Jorge Martínez não foi pioneiro na pirotecnia nas actuações ao vivo em Portugal

Aquando do concerto de Ramstein no Estádio da Luz, Jorge Martínez acusou a banda de o imitar, devido à pirotecnia de mão em palco, assumindo-se como pioneiro em Portugal.

Porém, e factualmente, essa é uma informação falsa.

Os pioneiros da pirotecnia em palco foram os Tantra e os USF, nas décadas de 70 e 80.

Os Tantra, banda seminal e revolucionária que surgiu nos anos 70, foram os percursores do rock progressivo, e há quem diga do heavy metal português, 

Revelucionaram a música feita até então e também o aspecto visual das suas performances.

Percursores do uso de máscaras e efeitos pirotécnicos, são considerados os pioneiros da pirotecnia em espectáculos ao vivo, alguns com transmissão televisiva, nas quais o vocalista, Frodo, alter-ego de Manuel Cardoso, lançava pirotecnia das mãos, numa performance verdadeiramente revolucionária e original, já em 1981.

Ora isto acontece antes de 1991, data em que Jorge Martínez se diz pioneiro.


Outra banda que desempenhou um papel fundamental na introdução da pirotecnia de palco em Portugal foram os UHF.

Esta mesma situação é destacada pelo investigador Ricardo Miguel Bernardes Andrade, na sua Tese de Doutoramento em Ciências Musicais Variante de Etnomusicologia, “Ar de Rock: o boom do rock em Portugal do início da década de 1980.

Em Agosto de 1981, À Flor da Pele e Rua do Carmo teriam uma segunda edição, atingindo o LP vendas superiores a 15 000 exemplares, o que garantia a atribuição de disco de prata (Musicalíssimo 1981c). O sucesso de vendas reflectir-se-ia ia novamente na própria estrutura dos espectáculos, com um aumento da equipa técnica e inclusão de pirotecnia (Se7e 1981k), reforço este que motivaria a construção de um projecto conjunto de empresa de som e agenciamento de grupos para concertos, intitulado Grupos Rock Reunidos (juntamente com os grupos Iodo, NZZN, Opinião Pública e Xutos & Pontapés), cujos membros recorreriam às capacidades técnicas dos UHF nas suas actuações (aspecto a desenvolver noutra secção desta dissertação)” (Andrade, Ricardo, p. 161). Saiba mais AQUI.

Por fim, recorde AQUI e AQUI as declarações de Jorge Martínez.

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